Menu
Saúde

52% dos casos de contaminação por HIV são de jovens, aponta Ministério da Saúde

Os especialistas acreditam que esse aumento de infectados nessa faixa etária se dá ao fato de os jovens terem perdido o medo do vírus

Redação Jornal de Brasília

01/12/2022 16h02

Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

Maria Clara Britto
(Jornal de Brasília/Agência de Notícias CEUB)

O Dia Mundial de Combate à Aids é celebrado hoje, 1º de dezembro. Segundo dados do Ministério da Saúde, 52% dos casos de contaminação pelo vírus HIV são em pessoas entre 20 e 34 anos. Especialistas acreditam que os jovens perderam o medo do vírus.

Em 2021, mais de 50 mil casos de HIV foram diagnosticados no Brasil. Ou seja, a cada hora, ao menos cinco pessoas foram infectadas pelo vírus HIV neste ano. Dados do Ministério da Saúde apontam que entre os anos de 2007 e 2021, 52% dos casos foram em jovens com idades entre 20 e 34 anos.

Os especialistas acreditam que esse aumento de infectados nessa faixa etária se dá ao fato de os jovens terem perdido o medo do vírus.

“Os mais jovens não viveram a fase mais crítica da doença e os avanços tecnológicos e farmacológicos foram muito significativos neste período. Hoje, o tratamento para pacientes com baixa carga viral, consiste em dois ou três comprimidos diários, e essa maior eficácia para impedir a replicação viral faz com que muitos encarem a aids como uma doença crônica, como é a diabetes e a hipertensão”, disse a infectologista Camila Ahrens.

Prevenção
A médica ainda acrescentou que é necessário que não haja a banalização da doença. E que os jovens atualmente se previnam.

Os principais casos de contaminação ocorrem por sexo desprotegido: seja vaginal, anal ou oral. Também é possível transmitir a doença por transfusão de sangue contaminado, instrumentos não esterilizados que furam ou cortam.

Sobre o tratamento, a médica afirma que apesar dos efeitos colaterais serem menores, ainda é comum casos de enjôo, vômito, mal-estar, perda de apetite, dor de cabeça e perda de gordura em todo o corpo, principalmente no início do tratamento.

“Tomar o coquetel sempre na dose e na hora certa ajuda a evitar que o vírus fique mais forte, e a qualidade da alimentação é fundamental para prevenir doenças crônicas e fortalecer o sistema imunológico”, esclarece a médica.

Alimentação

Para usar a alimentação como uma aliada no tratamento, a nutricionista Heloisa Falcão recomenda o consumo de alimentos com potencial anti-inflamatórios, como laranja, acerola e linhaça, além dos ricos em ômega 3, que são aconselhados para proteger o fígado, o pâncreas, o coração e o intestino.

“Soropositivos também devem estar sempre atentos à higiene dos alimentos, já que isso diminuem os riscos de contaminação com microorganismos, como giardia e salmonella. Ainda é importante evitar o consumo de alimentos crus, devido ao maior risco de contaminação e infecção intestinal que eles oferecem”, explica.

Fazer pequenas refeições ajuda a diminuir os enjôos, e evitar consumo de alimentos gordurosos e açucarados, como refrigerantes e sucos industrializados, auxilia nos casos de diarréia.

“Dependendo da situação, podemos inserir na dieta suplementos naturais que colaboram na absorção dos nutrientes, garantindo mais qualidade de vida”, ressalta a nutricionista.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado