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Saúde

HIV: Carga viral pode ficar indetectável, diz infectologista

O contágio com a doença é por contato sexual desprotegido com pessoas contaminadas, mas pode ser também transmitida

Redação Jornal de Brasília

01/12/2022 15h54

Foto: AFP

Mariana Tollendal e Beatriz Lacerda
(Jornal de Brasília/Agência de Notícias CEUB)

Apesar de todos os tabus que cercam a aids, a medicina evoluiu mas os preconceitos em relação à doença ainda devem ser quebrados. É o que explica o infectologista Leandro Machado, que atua no Distrito Federal.

Diferentemente do que muitos pensam, ser HIV positivo não é o mesmo que ter Aids. A Aids é uma doença causada pelo vírus HIV, geralmente por contato sexual desprotegido com pessoas contaminadas, mas pode ser também transmitida por transfusão sanguínea e compartilhamento de objetos cortantes, diz Leandro Machado.

“Hoje, o paciente que vive com o vírus, se ele fizer um diagnóstico precoce, ele não vai evoluir para aids, por que ele consegue tomar medicação e vai ficar com carga viral indetectável e uma vez com diagnóstico de aids, usando medicamento, ele volta a ter carga viral indetectável” explica.

O especialista salienta que a construção feita pela sociedade em torno do vírus como algo irreversível, ou “o fim”, acaba interferindo na maneira como alguns pacientes se comportam ao descobrir a doença. “Muitos acreditam que não existe solução e isso não é verdade”.

“É uma doença reversível, e é uma doença crônica, é um paciente que vive com o vírus, igual um paciente hipertenso, diabético, se não tomar as medicações existem complicações, mas tomando, não existe problema nenhum”, completa.

O teste pode ser feito de forma gratuita em qualquer unidade de saúde pública, e o resultado sai em 15 minutos. O diagnóstico precoce é importante para que as pessoas comecem logo o tratamento após a descoberta da presença do vírus no organismo.

“Hoje, o paciente que vive com o vírus, se ele fizer um diagnóstico precoce, ele não vai evoluir para aids, por que ele consegue tomar medicação e vai ficar com carga viral indetectável. Uma vez com diagnóstico de aids, usando medicamento, ele volta a ter carga viral indetectável” explica o médico.

Ou seja, com tratamento adequado e contínuo, estima-se que a expectativa de vida das pessoas vivendo com HIV seja a mesma das pessoas que vivem sem o vírus.

Quanto mais informações sobre HIV forem divulgadas, mais fácil será para as pessoas entenderem o que é.

Muitos têm receio de fazer o teste, e acabam demorando para descobrir a doença, causando atraso no início do tratamento. De acordo com o médico, “quanto mais tempo as pessoas demoram para se testar, mais chance de transmitir para outras pessoas”. O tratamento precoce é primordial para o controle do HIV, diminuindo as chances de evolução para a Aids.

Para o diagnóstico e acompanhamento, existem serviços especializados para crianças e jovens, que ao depender da idade serão tratados como adultos.

“Na criança, normalmente, o diagnóstico é congênito. A mãe tinha, não fez o tratamento, não fez a profilaxia, e acabou passando para o filho, mas hoje isso é cada vez mais raro, com os novos tratamentos e acompanhamento” diz o especialista.

Na criança, normalmente, o diagnóstico é congênito. A mãe tinha, não fez o tratamento, não fez a profilaxia, e acabou passando para o filho, mas hoje isso é cada vez mais raro, com os novos tratamentos e acompanhamento.

Locais onde fazer exame HIV no Distrito Federal:

  • Centros de Referência.
  • Hospitais.
  • Policlínicas.
  • SAMU-DF (192)
  • Unidades Básicas de Saúde (UBS)
  • UPA 24h.

Onde faz exame de HIV gratuito?

O SUS disponibiliza gratuitamente o teste de HIV, sífilis e das hepatites B e C. Procure uma unidade básica de saúde da rede pública ou os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

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