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Política & Poder

“Inimagináveis”, diz Anderson Torres sobre ataques de domingo

Em sua conta no Instagram, o secretário manifestou repúdio ao que chamou de “covardia que assistimos neste domingo”

Tereza Neuberger

09/01/2023 17h04

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, o atual secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, se pronunciou na manhã desta segunda-feira (09), sobre os atos de vandalismo praticados por extremistas na tarde do último domingo (08).

Em sua conta no Instagram, o secretário manifestou repúdio ao que chamou de “covardia que assistimos neste domingo”. Por volta das 15h do último domingo, manifestantes Bolsonaristas subiram a rampa do Congresso Nacional reivindicando o resultado das eleições de 2022. Logo mais o prédio foi invadido e na sequência os outros dois edifícios que compõem os Três Poderes da República.

Torres classificou os ataques como “inimagináveis a todas as instâncias dos poderes da República brasileira”. E acrescentou que os atos são incompatíveis com a sua crença de política. “As divergências político-ideológicas jamais podem ser usadas como combustível para agressões, de qualquer tipo” destacou o secretário.

De férias há cerca de dois dias no exterior, o secretário foi exonerado do cargo pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), logo após os ataques deste domingo às sedes dos Três Poderes . “Eu vivi, sem sombra de dúvida, o dia mais amargo da minha vida pessoal e profissional”, afirma Torres. A Advocacia-Geral da União pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que decrete a prisão em flagrante do secretário.

O ex-ministro ressaltou que sempre respeitou às leis e às instituições independente do cargo que estivesse ocupando e lamentou que tenham sido levantadas hipóteses de conivência com os atos de vandalismo extremos. O secretário finalizou o pronunciamento com a certeza de que o episódio será esclarecido e os responsáveis punidos.

Os extremistas vandalizaram monumentos, entraram em gabinetes, depredaram obras de arte e quebraram vidraças. Ainda não foram confirmados indícios de que alguns objetos também tenham sido roubados. Cerca de quatro horas após o início dos atos de depredação dos Três Poderes em Brasília, as forças de segurança conseguiram controlar os manifestantes. Cerca de 400 manifestantes foram encaminhados à Polícia Civil com suspeitos de participação nos atos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal na segurança do DF, e militares de outros Estados já embarcaram para a Capital Federal. Em meio aos questionamentos sobre a atuação do governo Ibaneis frente aos atos de extremistas, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo de governador.

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