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Política & Poder

Bolsonaro volta a ameaçar governadores e prefeitos: “Daqui para frente eu vou agir”

“Meu Exército só vai para as ruas para manter a liberdade de vocês. Jamais para mantê-los dentro de casa”, declarou o presidente

Redação Jornal de Brasília

14/05/2021 11h57

Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro voltou a dar declarações em tom de ameaça contra governadores e prefeitos brasileiros. Nesta sexta-feira (14), no Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que já deu “o recado que tinha que dar” e que vai agir daqui para frente.

Bolsonaro falava com apoiadores sobre medidas de isolamento social. “Eu não fechei nada. Meu Exército só vai para as ruas para manter a liberdade de vocês. Jamais para mantê-los dentro de casa. Eu respondo pelos meus atos, agora se os governadores, prefeitos estão na contramão…”, declarou.

Depois, o presidente ouviu um apoiador dizer que, em Foz do Iguaçu-PR, as medidas de restrição seriam reforçadas. Bolsonaro, então, declarou: “Pessoal, já dei o recado que tinha que dar. Daqui para frente eu vou agir”.

Na sexta-feira passada, Bolsonaro chegou a dizer que estava com um texto pronto para decretar a proibição de medidas de isolamento social em estados e municípios. “Se baixar um decreto, que já está pronto, todos cumprirão. Por quê? Por que ele nada mais é do que o inciso do artigo 5º da Constituição que todos nós defendemos.”

“O nosso direito de ir e vir é sagrado, e também o trabalho. Não se justifica, daqui para frente, fechar qualquer ponto do nosso Brasil”, cravou o presidente. Bolsonaro falou a respeito enquanto participava da inauguração de uma ponte em Rondômia. Acompanharam o presidente o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet e o empresário Luciano Hang, além de autoridades do estado nortista.

As declarações antilockdown aumentam contra Bolsonaro as acusações de autoritarismo. Ainda na sexta passada (7), o presidente também falou das Forças Armadas se referindo a elas como “meu Exército”, “minha Marinha” e “minha Aeronáutica”. “Aquele que abre a mão de parte da sua liberdade em troca de segurança, por menor que seja, acaba no futuro não tendo liberdade nem segurança. Preferimos morrer lutando do que perecer em casa. O meu Exército jamais irá às ruas para mantê-los dentro de casa.”

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