Menu
Brasília

PCDF e PCERJ deflagram Operação Majestic e prendem criminosos do golpe do motoboy

O objetivo da ação e de cumprir quatro mandados de prisão preventiva e seis ordens de busca apreensão contra integrantes de uma associação

Redação Jornal de Brasília

31/08/2022 11h49

Foto: Reprodução/ PCDF

Nesta quarta-feira, 31, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 10ª DP, e a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), por meio da Delegacia do Aeroporto Internacional, deflagraram a Operação Majestic.

O objetivo da ação e de cumprir quatro mandados de prisão preventiva e seis ordens de busca apreensão contra integrantes de uma associação criminosa interestadual especializada na prática de crimes de furto mediante fraude, na modalidade do “Golpe do Motoboy”.

As ordens judiciais foram cumpridas na Zona Oeste e Norte da cidade do Rio de Janeiro, RJ, e também na Região dos Lagos, RJ.

Os quatro integrantes da associação identificados, com idades de 25, 25, 27 e 42 anos, são todos oriundos do Estado do Rio de Janeiro.

As investigações foram iniciadas, no mês de julho deste ano, após uma moradora do Lago Sul, de 82 anos, ter sido vítima do “Golpe do Motoboy” com um prejuízo no valor de R$ 15 mil.

Conforme o apurado, no período compreendido entre os dias 25/07 e 29/07, os criminosos fizeram, ao menos, outras quatro vítimas no Distrito Federal, as quais juntas tiveram um prejuízo de R$ 200 mil.

Nos últimos oito meses, os criminosos movimentaram cerca de R$ 1,8 milhão apenas em uma das maquininhas de cartão utilizada para a realização de transações com os cartões bancários das vítimas.

Nas redes sociais, os integrantes ostentam um alto padrão de vida, com fotografias de viagens para destinos nacionais e internacionais, com hospedagem em hotéis de luxo.

O “Golpe do Motoboy”

O golpe tem como principal instrumento o emprego de “engenharia social”, que consiste na manipulação psicológica da vítima, para que ela forneça aos criminosos informações confidenciais, como senhas e números de cartões.

Embora existam algumas variações, a fraude, em regra, tem início com uma simples ligação. Os criminosos ligam para as vítimas, na maioria idosos, se passando por funcionários da central de segurança do banco e solicitam a confirmação de uma compra suspeita – que nunca existiu – realizada no cartão de crédito.

A vítima diz não reconhecer o gasto e os fraudadores afirmam que o cartão foi, provavelmente, clonado, orientando-a a entrar em contato com a operadora do cartão, para ser efetuado o bloqueio.

Os golpistas, então, permanecem na linha e a vítima, ao discar o 0800 da central de atendimento da operadora de cartão, é atendida pelos próprios criminosos, que permaneceram na linha.

A vítima é orientada a fornecer a senha do seu cartão, para fins de bloqueio, e informada que um funcionário do banco irá até a sua residência efetuar a coleta do cartão, para fins de perícia.

Em prosseguimento, o suposto funcionário vai até à casa da vítima. Geralmente um “motoboy” efetua a coleta do cartão.

Com o cartão e senha em mãos, são efetuadas transações financeiras com o uso do cartão da vítima, utilizando maquinetas de cartão cadastradas no CNPJ de empresas de fachada, ou no CPF de “laranjas”, dificultando, assim, a identificação dos autores e conferindo aparente legalidade aos valores auferidos com a prática criminosa.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado