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Brasília

Golpe do Pix ganha espaço nas redes sociais

O golpe consiste na promessa de que ao transferir uma quantia em dinheiro via Pix, o valor é multiplicado e devolvido ao cliente.

Redação Jornal de Brasília

20/07/2022 17h49

Atualizada 21/07/2022 1h32

Foto: Tereza Neuberger/Jbr

Por Tereza Neuberger
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Uma categoria de golpe que vem se tornando cada vez mais popular, tem sido divulgada livremente nas redes sociais. A modalidade oferta altos valores em troca de um pequeno depósito inicial. O esquema já possui várias denominações como “Pix Premiado”, “Rei do Pix” e até “Urubu do Pix”.

Independente do nome, o padrão do golpe é o mesmo com a promessa de que ao transferir uma quantia em dinheiro via Pix para uma conta desconhecida, o valor é devolvido multiplicado em minutos para o cliente. Como por exemplo no golpe intitulado Urubu do Pix, em que um simples depósito de R$ 50 pode resultar em um retorno de R$ 500 em poucos segundos. Com pequenas quantias depositadas somadas de inúmeras vítimas os golpistas reúnem grandes quantias em dinheiro.

“Acreditando que vão receber esse valores as pessoas depositam esses valor inicial realizam esse teste quando são enganadas e percebem que são vítimas”, afirma o delegado Dário Freitas, da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC).

O poder de persuasão da prática está em oferecer uma suposta oportunidade única, por tempo limitado. Os anúncios são feitos através das redes sociais. “ Basta realizar uma busca nas plataformas para encontrar dezenas deles”, ressalta Dário Freitas. Alguns são mais discretos e pedem que os interessados entrem em contato pelo WhatsApp, enquanto outros já exibem diretamente os valores e contas para as quais a transferência pode ser realizada.

Anúncio no Twitter divulga golpe Urubu do Pix.

As ofertas aparecem em resposta a posts que viralizaram no Twitter e também em páginas que possuem um grande número de seguidores na rede social. É possível encontrar tabelas completas que indicam o valor que receberá em relação ao valor que o cliente deposita.

Para conferir credibilidade os golpistas exibem até screenshots que comprovam os montantes enviados e a satisfação dos supostos clientes. Em outras ocasiões, os criminosos usam contas de pessoas que perderam o acesso às redes sociais. Como no caso de uma professora do Distrito Federal que teve o acesso de sua conta perdido em outra modalidade de golpe em junho deste ano. Os criminosos se aproveitaram da confiança que os seguidores tinham para publicar o golpe como se fosse a docente.

Screenshot comprova a satisfação de um suposto cliente.

Além de perder dinheiro, quem cai na armadilha acaba fornecendo também dados sensíveis aos golpistas. Uma vez que a maioria das chaves Pix usa dados pessoais do cliente, como o CPF. Com esses dados os criminosos podem futuramente utilizá-los em outros tipos de golpe.

Uma dica para não cair nesse tipo de golpe é sempre desconfiar de ofertas muito vantajosas principalmente de rendimentos altos em um curto período de tempo. Estar atento nas redes sociais e não clicar em links suspeitos pode prevenir a ação desses grupos criminosos.

Em junho deste ano, policiais civis da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC/PCDF) prenderam um jovem de 22 anos por aplicar a modalidade de golpe há cerca de 4 anos. A operação foi intitulada “Pix Premiado” e realizou busca e apreensão na residência do suspeito na Cidade Ocidental-GO.

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