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Política & Poder

Presidente do PSDB diz que Doria depende de alianças e dá aval a gestos de Leite

Doria, agora ex-governador de São Paulo, ameaçou não renunciar ao cargo para forçar um movimento de apoio do PSDB a sua candidatura

FolhaPress

01/04/2022 14h41

Foto: Nelson Almeida/AFP

Carolina Linhares

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirmou nesta sexta-feira (1º) que a candidatura presidencial de João Doria (PSDB) depende da aliança com outros partidos para se concretizar. Por outro lado, disse que o comportamento de Eduardo Leite (PSDB), que também busca a candidatura ao Planalto, é do jogo político.

Doria, agora ex-governador de São Paulo, ameaçou não renunciar ao cargo para forçar um movimento de apoio do PSDB a sua candidatura, o que ocorreu nesta quinta-feira (31). Araújo lembrou a jornalistas, porém, que o fato de Doria ser o pré-candidato do PSDB não garante que ele será o nome da terceira via.

PSDB, Cidadania, União Brasil e MDB já tinham um acordo prévio para definir um candidato único, que pode ser Doria, Simone Tebet (MDB), Luciano Bivar (União) ou até mesmo Leite.

Diante da ameaça de recuo de Doria, que implodiria a candidatura estadual do seu então vice e agora governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), Araújo emitiu uma carta reafirmando que o tucano foi o escolhido nas prévias e, portanto, é o único presidenciável do partido.

Aliados de Doria consideraram o movimento um xeque-mate do ex-governador, que acabou com os ímpetos que consideram golpistas de Leite. Outros tucanos afirmam, porém, que o partido segue rachado e que Leite continua vivo na disputa.

O ex-governador gaúcho se encontra nesta sexta com Sergio Moro (União) para falar sobre eleição e apoios. Moro desistiu, nesta quinta, de concorrer ao Palácio do Planalto. “Ninguém vai poder coibir qualquer movimento de qualquer liderança política de qualquer partido”, disse Araújo a respeito das articulações de Leite.

Em evento de filiação do deputado Rodrigo Maia (RJ) ao PSDB nesta sexta, Doria fez afagos ao partido. Ele recuou na fala de que seu recuo havia sido uma estratégia pensada, algo que agravou sua situação na sigla, já que o dito blefe gerou caos e poderia prejudicar Rodrigo e uma série de alianças.

Araújo disse ainda que a candidatura de Rodrigo à reeleição em São Paulo é uma prioridade do PSDB tanto quanto a eleição presidencial. Nesse sentido, afirmou que a carta foi positiva, já que a renúncia de Doria de fato ocorreu.

O presidente do PSDB afirmou ainda que deve se reunir com os presidentes das siglas aliadas na próxima semana para começar a definir critérios para a escolha de um candidato.

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