A Assembleia Legislativa do Ceará vota na tarde desta terça-feira (23) a compra de oxigênio hospitalar para 40 municípios que estão em situação crítica devido à pandemia de covid-19. Algumas cidades estão em alerta para uma possível falta da substância.
O governador Camilo Santana nega que falta oxigênio no estado, mas afirma que é necessário manter atenção à situação. Santana tem se reunido com frequência com a Associação de Prefeitos do Ceará (Aprece) para se atentar às demandas de cada município.
Caso a compra seja aprovada por deputados nesta tarde, o Ceará deve adquirir o oxigênio em estado líquido para, em seguida, transformar para o gasoso e distribuir às unidades de saúde.
Caucaia-CE toma providências
Temendo o desabastecimento, a Prefeitura de Caucaia tomou uma medida drástica e decidiu “invadir” a distribuidora de oxigênio local. No documento, assinado no último dia 16, a Prefeitura requisita instalações, equipamentos, insumos e operação da empresa, nomeada Ramon Leoncio Barros de Vasconcelos/Fort Gás.
A Prefeitura admite que a decisão é dura, mas ressalta que o objetivo é “garantir o fornecimento de oxigênio” para a população. “Vimos recentemente algumas cidades que colapsaram e não tiveram oxigênio a fornecer aos seus pacientes acometidos pela covid-19.”
Em contato com o Jornal de Brasília, o membro do gabinete da Prefeitura, Felipe Mota, afirma que o Governo do Ceará deveria ter sido mais firme na fiscalização às fornecedoras de oxigênio do estado. Para Mota, faltou ações enérgicas neste sentido.
Ministério preocupado
O Ceará inteiro preocupa o Ministério da Saúde. Em reunião com a Procuradoria-Geral da República (PGR), membros da pasta comunicaram a procuradores que seis estados podem sofrer com desabastecimento de oxigênio. São eles: Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Rondônia.