Prevendo a falta de oxigênio hospitalar no município, a Prefeitura de Caucaia, no Ceará, tomou uma medida drástica. A pasta decidiu fazer a requisição administrativa da distribuidora de oxigênio local.
No documento, assinado no último dia 16, a Prefeitura requisita instalações, equipamentos, insumos e operação da empresa, nomeada Ramon Leoncio Barros de Vasconcelos/Fort Gás. O objetivo é “sanar a carência atual dos falidos estoques de oxigênio e gases medicinais do município, assegurando o abastecimento da rede de saúde pública”. Em outras palavras, a pasta quer se antecipar a um colapso.
Veja a decisão:
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A Prefeitura admite que a decisão é dura, mas ressalta que o objetivo é “garantir o fornecimento de oxigênio” para a população. “Vimos recentemente algumas cidades que colapsaram e não tiveram oxigênio a fornecer aos seus pacientes acometidos pela covid-19.”
Com a medida, a Prefeitura espera assegurar o fornecimento de oxigênio a todas as unidades de saúde pública de Caucaia. Na quarta-feira passada, o prefeito Vitor Valim disse que o município vai começar a produzir e envasar oxigênio hospitalar.
Em contato com o Jornal de Brasília, o membro do gabinete da Prefeitura, Felipe Mota, afirma que o Governo do Ceará deveria ter sido mais firme na fiscalização às fornecedoras de oxigênio do estado. Para Mota, faltou ações enérgicas neste sentido.
O Ceará inteiro preocupa o Ministério da Saúde. Em reunião com a Procuradoria-Geral da República (PGR), membros da pasta comunicaram a procuradores que seis estados podem sofrer com desabastecimento de oxigênio. São eles: Acre, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Rio Grande do Norte e Rondônia.