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Música

Zeca Baleiro lança “O Samba Não É de Ninguém”

Álbum autoral já está disponível nas plataformas digitais, via ONErpm, e também ganha versão em vinil

Redação Jornal de Brasília

27/10/2023 13h49

Foto: ONErpm/Divulgação

Em 11 de abril de 2013, no dia em que completou 47 anos de idade, Zeca Baleiro decidiu gravar uma leva de sambas autorais, ao vivo no estúdio, acompanhado de um quinteto formado por músicos experts na matéria do samba, regidos pela batuta do produtor e parceiro Swami Jr.. Seis faixas foram gravadas nessa primeira sessão.

Ouça “O Samba Não É de Ninguém”

Em 2019, Baleiro decidiu voltar ao projeto. Recrutou a mesma banda e mais alguns convidados, e gravou outros cinco sambas. Desta forma, uma década depois, “O Samba Não É de Ninguém” finalmente foi lançado como disco, mais especificamente nesta sexta-feira, 27 de outubro, nas plataformas digitais, via ONErpm, pelo selo do próprio artista, Saravá Discos.

A saga do projeto tem lances de hesitação, dúvida, falta de espaço na agenda, mas também denuncia um certo medo do artista. “O samba pra mim sempre foi um lugar meio que sagrado, intocável, perigoso… Tinha medo de expor essa minha faceta, que já é antiga, mas que eu nunca havia registrado em disco. Os sambas que gravei foram sempre em tom paródico, quase como uma alusão brejeira à brasilidade, quase um samba ‘fugindo do samba’. Aqui não, aqui o samba é levado muito a sério, respeitando a tradição lírica e melódica do gênero e até emulando alguns mestres sambistas soberanos. Devo a dois amigos e parceiros o estímulo para tomar coragem e realizar de fato o disco, o poeta Sergio Natureza e Swami Jr.”, revela Zeca.

O álbum tem 11 canções, todas de Baleiro, três delas em parceria – “Casa no Céu” (com Eliakin Rufino); “Eu pensei que você fosse a lua” (com Salgado Maranhão); e “Duas Ilhas”(com Swami Jr.). A instrumentação é acústica e tradicional, sem arroubos de modernização, como se fosse um disco do passado. Discos de Roberto Ribeiro, Clara Nunes e Guilherme de Brito serviram de inspiração musical e sonora à produção do disco, que foi mixado por Alexandre Fontanetti e masterizado por Carlos Freitas.

A capa do disco, que terá versão em vinil, foi encomendada ao artista Elifas Andreato, responsável por capas clássicas de artistas da música brasileira, entre eles Martinho da Vila, Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho. Elifas faleceu no ano passado e esta deve ser uma de suas últimas “capas”, trabalho que tanto o apaixonava.

“O Samba Não É de Ninguém” faz parte das comemorações pelos 26 anos de carreira de Baleiro, que incluiu também o álbum “Mambo Só”, que chegou nas plataformas digitais em julho. A celebração ainda engloba um álbum com Chico César, um livro de memórias e o talk show “Evoé” e também conta com material audiovisual no canal do YouTube de Zeca.

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