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Brasília

Vizinho que matou pai e filho em condomínio do DF é condenado a 36 anos de prisão

Anderson Ferreira de Aguiar e Rafael Macedo de Aguiar eram pai e filho. Roney também foi condenado por ameaçar a esposa de Anderson

Evellyn Luchetta

08/02/2022 19h33

Atualizada 09/02/2022 0h23

Local do crime. Foto: Arquivo Pessoal

Chegou ao fim o julgamento de Roney Ramalho Sereno. O homem foi condenado a 36 anos e três meses de prisão, além de quatro meses de detenção em regime inicial fechado. Ele matou com disparos de arma de fogo dois de seus vizinhos.

As vítimas eram Anderson Ferreira de Aguiar e Rafael Macedo de Aguiar, pai e filho. Roney também foi condenado por ameaçar a esposa de Anderson.

O assassinato ocorreu por volta da meia-noite do dia 9 de dezembro de 2017, no Condomínio Estância Quintas da Alvorada, no Paranoá, Distrito Federal. A denuncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) foi protocolada no dia 19 do mesmo mês.

O crime

Roney e Anderson não tinham um bom relacionamento e viviam brigando por coisas supérfluas como o dia a dia no condomínio.

Os dois passaram por diversas situações conflituosas antes do dia do crime. Na época, os vizinhos detalharam um pouco mais da relação dos dois.

Segundo relatos, eles se desentendiam desde 2014. Os motivos eram “invasões” na área das casas e na privacidade de cada um, como estacionar o carro na frente do lote do outro ou deixar a câmera de segurança virada para a casa do vizinho. Até as lixeiras das casas causavam discussões.

No dia do crime, quando preparavam um dos veículos da família para sair, as vítimas foram surpreendidas por Roney, que efetuou pelo menos sete disparos que mataram pai e filho.

Logo em seguida ao duplo homicídio, Roney fez ameaças à esposa do vizinho, subiu em uma motocicleta e tentou fugir do local.

Anderson e Roney eram servidores públicos. O ex-presidente Michel Temer chegou a publicar, na época, um tweet de repúdio contra o crime. Na mensagem, Temer disse que a “justiça será feita”.

“Falei hoje com o João, filho do nosso servidor Anderson Ferreira de Aguiar e irmão do Rafael Macedo de Aguiar, barbaramente assassinados em Brasília. Transmiti à família minha solidariedade e a certeza de que a Justiça será feita. Anderson era um servidor exemplar.”, disse Temer, na época do assassinato.

Anderson tinha mais três filhos e morava com a mulher. Um deles chegou a tentar oferecer ajuda ao irmão. O jovem, no entanto, acabou morto com 21 anos.

O filho que ofereceu ajuda contou que a ameaça já era eminente, visto que o pai já tinha sido ameaçado outras vezes e chegou a registrar ocorrência contra as ameaças do assassino. Ele disse que Roney colocou um envelope com uma carta e uma munição na caixa de correspondência da família.

A prisão

Roney tentou fugir depois de atirar contra os vizinhos, mas foi impedido por outros moradores e seguranças do condomínio. Depois, ele tentou escapar pelos fundos da casa, mas foi pego em flagrante.

O homem era membro da Federação Brasiliense de Tiro Esportivo. Em sua casa, foram encontrados um revólver, uma espingarda e cerca de 30 mil projéteis.

A sentença

Em plenário, os jurados acolheram a denúncia do Ministério Público e reconheceram que os crimes de homicídio foram praticados por motivo torpe e com emprego de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.

O réu foi condenado pela prática de dois homicídios qualificados e pelo crime de ameaça.

Roney não poderá recorrer da sentença em liberdade.

*Com informações do TJDFT

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