Menu
Brasília

Saiba por quais políticos criminosos se passavam para aplicar golpes

Os criminosos utilizaram fotos e se passaram por pelo menos quatro políticos, para golpear as vítimas também da política

Tereza Neuberger

05/04/2023 19h11

Uma organização cibercriminosa de Pernambuco que praticava fraudes eletrônicas através de falsos perfis no Whatsapp foi alvo da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), nesta quarta-feira (05). Os criminosos se passavam por políticos do alto escalão do Poder Executivo, para entrar em contato e persuadir as vítimas.

Entre ministros de Estado e presidentes de partidos, os criminosos utilizaram fotos e se passaram por pelo menos quatro políticos, para golpear as vítimas. Entre eles o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi; o ministro da educação, Camilo Santana; Carlos Fávaro, agricultura e Waldemar da Costa Neto, presidente nacional do PL.

As vítimas, em sua maioria, representantes de órgãos do governo ligados à pasta ministerial eram persuadidas a transferir valores, os quais eram transferidos para outras contas (“smurfing”), para ocultar a origem ilícita do dinheiro. Foram cumpridos 03 mandados de busca e apreensão, sendo dois na cidade de Jaboatão dos Guararapes-PE e o outro na cidade de Paulista-PE.

A polícia constatou que os criminosos agiram a partir de uma central de distribuição de sinal de internet clandestina/pirata localizada em uma comunidade no Bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes-PE. Segundo investigações, a referida central de distribuição de sinal de internet clandestina foi utilizada ativamente para criar perfis falsos de vários
ministros de Estado do Governo passado e do atual Governo.

Diversos equipamentos de informática ligados à central de distribuição de sinal de internet, os quais serão periciados pelo Instituto de Criminalística, para a continuidade das
investigações. Devido à complexidade de acesso à comunidade, o principal suspeito da investigação acabou percebendo a presença da equipe policial e fugiu do local.

A operação denominada “Shark Attack” (“Ataque de Tubarão”), foi realizada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC/DPE/PCDF), com o apoio operacional da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do estado de Pernambuco (DPCRICI/PCPE). Participaram da operação quatro policiais da PCDF, entre delegados e agentes, e 12 policiais da Delegacia de Crimes Cibernéticos de Pernambuco.

Os investigados poderão receber uma pena de até 22 anos de prisão, pela prática dos crimes de associação criminosa, falsa identidade, estelionato qualificado, e lavagem de capitais.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado