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Brasília

Mulher morta no Itapoã foi atingida com tiro de arma caseira por garoto de 16 anos

Arquivo Geral

04/12/2018 19h56

Foto: Arquivo Pessoal

Rafaella Panceri
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O autor do disparo de arma de fogo que matou a diarista Aparecida Pereira da Silva, de 40 anos, durante um assalto no Itapoã, é um adolescente de 16 anos. Ele foi apreendido pela equipe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) nesta terça-feira (4) com o celular da vítima. O garoto foi conduzido à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) e responde pelo ato infracional análogo ao de latrocínio – roubo seguido de morte. Ele tem, na ficha de antecedentes criminais, registro por furto.

Outros dois homens, maiores de idade, participaram do crime. Eles já foram identificados, mas ainda não foram presos. Um deles tem diversas passagens por roubo, de acordo com o delegado-chefe da 6ª DP, Érico Vinícius. Na manhã de hoje, a polícia conduziu suspeitos à delegacia, mas a autoria não tinha sido confirmada.

O adolescente apreendido afirmou, em depoimento, que o trio estava no mesmo bar onde Aparecida Pereira da Silva estava com o namorado e familiares — o Bar do Galego, na QL 01 do Condomínio Itapoã II. Durante o show de forró, na madrugada da última segunda-feira (3), um dos homens chamou os colegas para praticar o roubo. Aparecida reagiu, em defesa do namorado, e levou um tiro na cabeça.

Crime ocorreu na rua em frente ao Bar do Galego, onde acontecia um show de forró nas primeiras horas de segunda-feira (3). Foto: Rayra Paiva Franco/Jornal de Brasília.

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Arma de fabricação caseira
Eles aproveitaram que o garoto de 16 anos portava uma arma de fabricação caseira, de calibre 22, para abordar um homem e uma mulher que estavam fora do carro. Eram o namorado de Aparecida, Gildemar Pereira Dias, de 44 anos, e a nora dele. Eles esperavam pelo filho de Gildemar, que tinha ido ao posto de combustíveis mais próximo para comprar gasolina. Aparecida estava dentro do veículo e não tinha sido notada pelos assaltantes.

A reação da mulher surpreendeu os bandidos. “O menor armado não tinha percebido a presença dela e alega ter atirado porque houve uma suposta reação”, conta o delegado. A versão do criminoso é compatível com o relato de Gildemar Pereira Dias. O namorado de Aparecida afirma que ela teria dado um tapa no garoto.

As investigações continuam para que os demais envolvidos sejam presos e a arma do crime seja encontrada. Eles deverão responder pelos crimes de latrocínio e corrupção de menores. A expectativa da polícia é finalizar o caso até a próxima sexta-feira (7).

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