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Brasília

Morre outra vítima do ataque

Adenilson invadiu uma residência em busca da companheira Eudicilene Souza Barros, de 50 anos, em posse de uma faca na intenção de matá-la

Redação Jornal de Brasília

07/02/2022 20h22

Foto: Banco de imagens

Por Tereza Neuberger
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Morreu na noite desta segunda-feira, 07, mais uma vítima do ataque a facadas ocorrido no último sábado em Samambaia. Eunice Maria Paraguai estava internada em estado grave. Horas antes, Adenilson Santos Costa, de 35 anos, o agressor que a esfaqueou, junto de outras três mulheres e uma criança, passou por audiência de custódia e teve sua prisão preventiva decretada. Na audiência, o acusado afirmou que se “arrependeu”.

Adenilson invadiu uma residência em busca da companheira Eudicilene Souza Barros, de 50 anos, em posse de uma faca na intenção de matá-la. Transtornado, ele esfaqueou quatros mulheres e uma criança de oito anos.

O assassino

A criança, Izadora de Sousa do Nascimento, não resistiu aos ferimentos e morreu no domingo. Outras duas vítimas, Eudicilene e Adélia Paraguai, permanecem internadas em estado grave. Eudicilene passou ontem por uma cirurgia. Ana Paula Paraguai, a dona da residência em que ocorreu o crime, foi liberada do hospital.

De acordo com o delegado-adjunto da 26ª Delegacia de Polícia em Samambaia Norte, Rodrigo Carbone, o crime foi motivado por ciúmes. “Segundo o que disse o agressor em depoimento, por não ter acesso ao celular da companheira, ele acreditava que ela estava o traindo”, explica. Adenilson estava alcoolizado no momento do crime.

A arma do crime

Quatro das vítimas — Ana Paula Paraguai, Adélia Paraguai, Isadora de Souza do Nascimento e Eunice Maria Paraguai — estavam em uma reunião de família na residência de Ana Paula. A vinha Eudicilene se juntou a reunião de família após ter uma discussão com Adenilson. O agressor forçou a entrada na casa da vizinha e desferiu golpes de faca nas mulheres e na menina de oito anos. Ao ouvir a gritaria, o marido de Ana Paula saiu de um dos cômodos e se deparou com as vítimas esfaqueadas e Adenilson dizendo repetidamente a frase “Vou matar, vou matar!” Ele conseguiu conter o agressor com a ajuda de vizinhos.

Em seguida, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionada e ao chegar no local solicitou socorro para as vítimas. Adenilson foi preso em flagrante. Na delegacia, ele disse “nunca” ter agredido a companheira Eudicilene fisicamente, mas confessou que já a agrediu “com palavras.”

Caso seja condenado, Adenilson pode pegar de 12 a 30 anos de detenção pelo feminicídio consumado da pequena Izadora. Por cada tentativa de feminício, a pena pode ser de 4 a 20 anos.

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