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Brasília

Mercado imobiliário registra estabilidade no primeiro semestre de 2023

Dados da pesquisa Índice de Velocidade de Vendas (IVV) para o mês de julho registram redução no volume de lançamentos e vendas típica do período de férias

Redação Jornal de Brasília

14/09/2023 12h36

O mercado imobiliário do Distrito Federal atravessou os primeiros seis meses do ano acumulando desempenho positivo e estável. Dirigentes das entidades que representam o setor sinalizam otimismo com o segundo semestre de 2023, quando a superação de sazonalidades e os efeitos da melhoria do ambiente econômico farão diferença na tomada de decisão tanto do empreendedor quanto do comprador. Dados da pesquisa Índice de Velocidade de Vendas (IVV) para o mês de julho registram redução no volume de lançamentos e vendas típica do período de férias, mas confirmam a estabilidade do mercado percebida pelos empresários. O índice alcançou 5,4% no mês em que foi registrada a venda de 291 unidades residenciais novas.

“Nós estamos otimistas com os efeitos vindouros da redução da taxa SELIC. Os números de julho refletem movimento normal do setor, que desacelera durante as férias. Apesar da conjuntura, o mercado está saudável”, avalia Roberto Botelho, presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF). “Nossa expectativa é virar o ano com desempenho positivo. O imóvel segue sendo uma necessidade e desejo das pessoas, assim como uma opção segura e rentável de investimento”, acrescenta, destacando que a valorização continuada do imóvel beneficia o comprador com retorno financeiro garantido.

“Mesmo em um mês de férias, quando historicamente o mercado é menos movimentado, estivemos acima dos 5% de velocidade de venda. Isso demonstra que 2023 tende a se consolidar como um bom ano para o setor imobiliário”, analisa o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), Adalberto Valadão Júnior.

Termômetro do mercado

Iniciativa conjunta da ADEMI DF com o SINDUSCON-DF, a pesquisa Índice de Velocidade de Vendas é realizada pela Opinião Informação Estratégica, com apoio da regional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE DF):

O Índice de Velocidade de Vendas é uma sondagem mensal junto às construtoras e incorporadoras mais representativas do Distrito Federal, funciona como um termômetro do mercado imobiliário e mede o ritmo de venda das empresas: quanto mais alto o índice, menor foi o tempo necessário para vender as unidades dos empreendimentos no mês.

Um Índice de Velocidade de Vendas mensal de 5% traduz um mercado saudável e com ritmo de vendas positivo: quando o indicador está acima deste patamar, demonstra expansão mais acelerada na transação de imóveis. É um sinal da tomada de decisão do consumidor.

Criada há sete anos, a pesquisa Índice de Velocidade de Vendas acompanha o desempenho de imóveis residenciais verticais (apartamentos) e novos.

Segundo a pesquisa, em julho, o lançamento de um empreendimento no bairro do Noroeste colocou 108 novas unidades residenciais à disposição, consolidando a oferta de 5.425 imóveis, volume 25% superior ao registrado no mesmo período de 2022. De janeiro a julho, foram lançados 17 empreendimentos, com 2.761 unidades, parâmetros que sinalizam o bom desempenho do setor: a série histórica do IVV mostra que em julho de 2022 haviam sido lançados 16 empreendimentos, representando 1.898 unidades novas.

Em julho, 91% dos imóveis comercializados estão em obra. As regiões que mais venderam no período foram o Noroeste (96 unidades), Águas Claras (49 unidades) e Ceilândia (43 unidades) – os dados traduzem movimento positivo do setor nas diversas faixas de renda da população. “Esse é um bom momento para comprar imóveis e esse é um objetivo de diversos segmentos da nossa população. Nossas empresas têm atuado para levar imóveis de qualidade para todas as faixas de renda”, comenta Botelho.

“Com a perspectiva de que as taxas de juros caiam, movimento que já se iniciou, observamos um gradual retorno dos investidores ao mercado de imóveis, que veem nesse cenário grandes oportunidades de aliarem bons rendimentos com baixo risco. A tendência é de crescimento das vendas e alta dos preços”, pontua, Adalberto.

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