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Brasília

Secretaria de Saúde atinge marco e reduz lista de espera para cirurgias cardíacas

Com 20 usuários aguardando, equipes de cardiologia estão ativamente buscando pacientes que necessitem dos procedimentos

João Victor Rodrigues

14/09/2023 10h54

Foto: Divulgação

A rede pública de saúde do Distrito Federal (SES-DF) atingiu um marco impressionante na diminuição da fila de espera por procedimentos cirúrgicos cardíacos, que atualmente conta com apenas 20 pacientes. Apenas três meses atrás, esse número chegava a 374 pessoas aguardando por essas intervenções médicas essenciais.


Atualmente, a rede realiza, por mês, cem operações na área, com um total de 2.304 procedimentos feitos em 2022 e 1.134 até o momento.

A Referência Técnica Distrital (RTD) colaboradora em cardiologia da SES-DF, Edna Marques Maria, esclarece que a redução na lista foi possível graças ao aumento na oferta de cirurgias pela rede, em parceria com o Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF), que possui contrato com a secretaria. “Estamos agilizando o pré-operatório e o diagnóstico dos pacientes. Garantir um atendimento rápido para doenças cardíacas é de extrema importância, e, por isso, trabalhamos incansavelmente para garantir a máxima eficiência na rede pública.”

Antônio Francisco do Nascimento, de 66 anos, é um exemplo. Ele fez uma cirurgia de duas pontes de safena no ICTDF. Em recuperação no hospital, o paciente se desdobra em elogios para as equipe do Hospital Regional do Guará (HRGu), onde foi atendido quando sentiu dores no peito em casa, e do instituto.

“Vou ter que mudar de rotina para melhorar e ficar mais atento. Qualquer dor no peito, é bom procurar o hospital. Eu tive muita sorte de ter um atendimento rápido, pois já estava infartado quando recebi os primeiros cuidados. Por isso, precisei ficar no hospital mais tempo. Tive muita sorte de ser tratado por equipes tão atenciosas e maravilhosas. Se não fosse por elas, não sei se estaria vivo”, conta Antônio, que garante que vai mudar o estilo de vida.

Quanto mais rápido, melhor

Antônio chegou ao HRGu depois de três dias com dores no peito. Para garantir tratamentos mais eficazes, a RTD reforça a importância de iniciar a prevenção o quanto antes.

Diversos problemas cardiovasculares podem ser identificados em estágios iniciais por exames como eletrocardiogramas, testes de estresse durante exercícios, radiografias e exames de sangue.

Em 2022, a taxa de mortalidade no DF foi de 4,74% para pacientes internados após um ataque cardíaco, em comparação com a média nacional de 9%, de acordo com dados do Departamento de Informação e Informática do SUS (Datasus) do Ministério da Saúde.

A RTD atribui esses números positivos ao “Projeto Sprint” – um aplicativo que conecta as equipes de emergência às de plantão de cardiologia – e à descentralização do atendimento no DF. “Vimos uma melhoria significativa na rede de atendimento aos casos de infarto. Anteriormente, apenas três hospitais tratavam pacientes com infarto, agora todos os hospitais e UPAs [Unidades de Pronto Atendimento] estão capacitados”, afirma.

Nesse fluxo, os especialistas em cardiologia auxiliam no diagnóstico, orientando até mesmo a realização de trombólise (procedimento que utiliza medicação para dissolver um coágulo) no local do atendimento inicial, indicando procedimentos e se preparando para receber o paciente, caso a transferência seja necessária.

RecadastraSUS-DF

A melhora na dinâmica de realização das cirurgias é resultado também das iniciativas de atualização dos dados de usuários, como o RecadastraSUS-DF. Pelo telefone 160, opção 5, pelo autocadastro on-line ou pessoalmente em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) é possível atualizar os dados de contato e facilitar o chamamento.

Para a atualização, o cidadão deve apresentar comprovante de residência, ou, caso não tenha, uma declaração escrita à mão informando o endereço de moradia; número do telefone e do WhatsApp; CPF ou cartão do SUS; e documento de identidade (RG) ou certidão de nascimento. No momento, também são coletadas informações sobre os dados pessoais e sociodemográficos, assim como sobre a situação de moradia e de saúde.

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