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Brasília

Melhor idade para o basquete: idosos movimentam quadras no DF

O paraense se mudou para Brasília com 20 anos de idade e hoje é apoiador da Associação de Veteranos e Amigos do Basquetebol de Brasília (AVABRA)

Redação Jornal de Brasília

15/12/2022 18h53

Foto: Arquivo pessoal

Filipe Fonseca e Marcello Hendricks
(Jornal de Brasília/Agência de Notícias CEUB)

José Leopoldo pratica basquete há 65 anos e é apaixonado pelo esporte. “É insubstituível a sensação de plena realização obtida pela cesta convertida durante uma partida”. Já Karina Polegatch joga há 31 anos e diz que “não pretende mais parar de jogar”. Ambos participaram do 37º Campeonato Brasileiro de Basquete Master, na Paraíba. Leopoldo como técnico e Karina como atleta.

José tem 79 anos e é aposentado. O paraense se mudou para Brasília com 20 anos de idade e hoje é apoiador da Associação de Veteranos e Amigos do Basquetebol de Brasília (AVABRA). No último Campeonato brasileiro Master, em novembro de 2022, Leopoldo colaborou como técnico de equipes mais velhas, das categorias 75+ e 80+.

Campeões

José conta que sua primeira aparição como técnico foi após uma contusão. “Em 1995, em Belo Horizonte, quando fomos campeões pela primeira vez pela AVABRA, eu me contundi no primeiro jogo, mas resolvi assumir o comando do time, que era excelente, mas estava “desorientado”.

A partir daí, ganhamos as partidas restantes, inclusive vencendo a fortíssima equipe de São Paulo. Depois em Santos/2000, da mesma forma, pelo Combinado GO/DF.”

Além desse passado promissor, o treinador conta sobre o momento atual. “Ano passado, em Fortaleza, não mais jogando, fui convidado para ser o técnico da equipe 75+ da AVABRA e nesse ano, em João Pessoa, fui novamente técnico dessa equipe, que ficou em terceiro lugar, e de umas das equipes 80+, que fez três jogos, ganhando todos.”

Já Karina é servidora pública e tem 43 anos de idade. Atuando pela equipe de São Paulo, da categoria 30+, Polegatch contou da atuação da equipe no torneio. “Apesar da nossa equipe não ter ganhado nenhum jogo, houve muita dedicação, respeito, parceria e esforço de todas as atletas. Outro ponto importante é que ninguém se machucou. Acho que só faltou um pouco mais de treino para que nossos resultados fossem melhores”, afirmou.

Amor

Ainda morando em Belém, José Leopoldo começou a jogar basquete aos 14 anos, em 1958. Atualmente, o atleta não pratica mais por restrições orgânicas(fibrose pulmonar intersticial).

Apesar disso, o aposentado apoia o movimento dos veteranos, do qual participa desde 1980, e atualmente colabora como técnico de equipes mais velhas, 75+ da AVABRA e 80+.

O fundador da AVABRA contou que a prática esportiva é relevante e trouxe motivos para continuar jogando. “O bem estar físico e mental, a qualidade de vida proporcionada, além de estabelecer relacionamentos saudáveis e duradouros com seus congêneres. Ficou moldado um estilo de vida pelo qual sempre pautei a busca pelas minhas realizações pessoais”, ressaltou.

Tendo o basquete como principal esporte praticado, Karina relembrou seu começo aos 12 anos de idade. “Quando estava jogando basquete na aula de educação física da escola (estudava no Caseb) e alguém me indicou um local para treinar basquete (CIEF). Joguei por pouco lá. Minha mãe me matriculou na escolinha do clube Vizinhança e a professora que também era técnica da equipe feminina me convidou para fazer parte da equipe”, disse.

Mesmo nunca jogando profissionalmente, Karina conta que participou de vários torneios internos e algumas vezes em outros Estados.

“O clima do local e das pessoas que jogavam me faziam bem. Tive uma técnica que era ótima. Fiz várias amizades incríveis. Adorava participar de amistosos e competições. Contudo, por volta dos meus 20 anos parei de jogar na equipe. Dediquei meu tempo para faculdade, para o trabalho, para o meu filho”, ressaltou.

Depois de 18 anos longe das quadras, Polegatch voltou a jogar basquete após uma amiga convidá-la. “Atualmente, sou associada da AVABRA que proporciona a oportunidade de continuar a jogar. Posso afirmar que o basquete me faz muito bem. Continuo gostando de correr, jogar uma pelada, participar de torneios. Os campeonatos, as confraternizações do Master também são bem legais. Além disso, a prática de atividade física é importante para a saúde. Não pretendo mais parar de jogar.”

O esporte ajudou Karina a encontrar novas habilidades profissionais. “O basquete me ensinou muito. Destaco o trabalho em equipe, garra, força. Essas virtudes foram trazidas para minha vida profissional e pessoal. Além disso, destaco as amizades que me fizeram e ainda me fazem crescer e me divertir muito”, explicou.

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