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Brasília

Com déficit no sistema, Polícia Penal espera nomeação de novos formandos

A cerimônia de formatura dos alunos da Polícia Penal ocorreu nesta terça-feira (22), no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB)

Redação Jornal de Brasília

22/08/2023 18h24

Carolina Freitas
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O sistema prisional do Distrito Federal comemora a formação de 1.563 alunos no III Curso Profissional da carreira de Polícia Penal. Ao todo, o Governo do Distrito Federal (GDF) pretende nomear 400 servidores penais de forma imediata e 799 para cadastro reserva. O número está abaixo da necessidade. O déficit do sistema penitenciário atualmente é de aproximadamente 1.250 policiais. O salário inicial desse servidor é de R$ 5,4 mil.

A cerimônia de formatura dos alunos da Polícia Penal ocorreu nesta terça-feira (22), no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). O evento contou, ainda, com a entrega de 57 novas viaturas operacionais da corporação que foram adquiridas pelo GDF. Dentre as autoridades presentes estavam a vice-governadora Celina Leão, o deputado Wellington Luiz (CLDF), o secretário de Estado de Administração Penitenciária, Wenderson Teles, o presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Distrito Federal (Sindpol-DF), Paulo Rogério e o coordenador geral do curso de formação,Edson Sena.

As aulas do Curso de Formação Profissional da Polícia Penal do DF (CFP/PPDF) foram realizadas entre os dias 15 de maio até 9 de junho de 2023. Ao todo, os alunos foram divididos em 38 turmas no Centro de Convenções Ulysses Guimarães e no Centro Universitário Planalto do Distrito Federal (Uniplan), em Águas Claras. Foram ministradas ao longo do curso aulas teóricas e práticas.

O coordenador geral do curso, Edson Sena, reforça que a conclusão desse curso ainda não completa a formação desses futuros policiais penais, mas parabeniza a todos os formandos. “Esse dia de hoje é uma celebração, é uma festa para toda polícia penal. A nossa polícia precisa muito desses novos policiais, é um grande prazer poder recebê-los e contribuir para a formação deles. O dia de hoje reforça a importância que temos para toda sociedade. A polícia penal segue crescendo. A formação traz melhorias não só para o sistema prisional do DF, mas também para toda segurança pública. E logo após a nomeação eles vão iniciar uma segunda fase do curso de formação, para ficarem mais aptos”, discorre Sena.

As autoridades presentes reforçaram o discurso que esperam que o Governo do Distrito Federal (GDF) reavalie o número de nomeações, para que todos 1.563 formandos sejam nomeados. O deputado distrital Wellington Luiz apresentou uma emenda na Lei Orçamentária 2023 para aumentar o quantitativo de nomeações para 800.

Do total de vagas disponíveis para nomeação, 40% são destinadas para mulheres. “O quantitativo feminino que estamos formando nesta terça-feira (22) é de aproximadamente 1/3. Elas são extremamente importantes para o nosso trabalho, são capazes de realizar todas as funções e foram treinadas sem nenhuma diferença de sexo”, reforça o coordenador do curso, Sena.

Ao Jornal de Brasília, a formanda Patrícia Almeida, 39 anos, falou sobre o sentimento de gratidão e dever cumprido, após a formatura “esse é um momento muito importante para todos nós. A preparação do concurseiro não é fácil. É uma sensação muito boa e gratificante. É um sonho realizado. Importante lembrar que ninguém passa sozinho, as nossas famílias e amigos sempre estiveram no apoio. Agora é um misto de emoção. É gratificante conhecer também esse lado do sistema penitenciário do DF, que é totalmente diferente do que a gente ver”.

Patrícia completa ainda que a Polícia Penal não era sua primeira opção de carreira, mas se apaixonou pela área: “eu estudo para concurso público voltado para carreira policial a dois anos, a princípio a penal não era o concurso que eu queria, mas hoje eu sou apaixonada pela instituição e eu não me vejo outra pessoa, a não ser uma policial penal”.

A vice-governadora Celina Leão comentou no evento sobre a importância do curso e da nomeação de novos policiais penais. “O GDF tem que se planejar e nós temos que ter homens e mulheres aptos. Nós sabemos do crescimento do sistema prisional e por isso estamos investindo em novas instalações em áreas que foram liberadas. Mas a nossa política prioritária ainda é a prevenção, e por isso precisamos de um ambiente de ressocialização para que essas pessoas saiam melhores do que entraram dentro do nosso sistema prisional. E não fazemos isso sem mão de obra qualificada”.

Ao ser questionada sobre as nomeações, Celina afirmou que: “a uma expectativa de algumas nomeações, mas precisamos primeiro ter uma perspectiva de fechamento financeiro e contábil do GDF e o Fundo Constitucional garantido para que possamos avançar em novas nomeações”.

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