Menu
Brasília

Circuito em ebulição – Nova Arte Contemporânea em Brasília

Com curadoria de Carlos Silva, a mostra apresenta as produções de cinco jovens artistas do Distrito Federal que se desdobram em múltiplas experimentações artísticas

Redação Jornal de Brasília

04/01/2022 19h17

Foto: Divulgação

Por Tereza Neuberger
[email protected]

Com obras de Pamella Wyla, Paula Catu, Rafael Marques, Raylton Parga e Rômulo Barros, a Galeria Casa abre ao público a partir do dia 5 de janeiro, a mostra coletiva Circuito em ebulição – Nova Arte Contemporânea em Brasília. A mostra fica em cartaz até o dia 30 de janeiro, com visitação de terça a sábado, das 14h às 22h, e domingo, das 12h às 20h. A Galeria Casa fica no Casapark, Piso Superior, dentro da Livraria da Travessa. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos.

A curadoria ficou por conta de Carlos Silva, a mostra lança um olhar provocativo a respeito da temporalidade, da materialidade e das linguagens contemporâneas fruto de incursões e das pesquisas de Carlos Silva sobre o circuito de arte da capital federal.

“Eu acompanho as exposições, os grupos de estudo, os grupos de trabalho, visito os ateliers, converso com um monte de gente ligada aos circuitos, tenho curiosidade sobre certos produtos do sistema de arte de Brasília e sobre a produção. Por isso, me aproximo de artistas e gosto do circuito anacrônico, de circular em circuitos intergeracionais” afirma Carlos Silva. O curador também acrescenta que “Circular faz parte da cena da arte contemporânea local, tanto na formação, quanto na difusão, comercialização e conceituação”

O curador Carlos Silva, é natural de Barretos, mas o artista vive e trabalha em Brasília desde 1982 quando começou a construir sua vasta carreira. O curador atua como artista visual, historiador, mestre em arte, especialista em psicologia e educação, professor, curador independente, crítico, coordenador de cursos livres e programas educativos em artes visuais, diretor de galeria, consultor e diretor de criação. Como curador e assistente, o artista assinou “suspensões”, “a seco”, “fora do lugar” e “100 anos de Athos Bulcão”. Ele participa de exposições individuais e coletivas e atua na interface entre arte, história, literatura, psicanálise e filosofia, além de publicar textos técnicos e poéticos com frequência.

Na mostra, cinco jovens artistas apresentam suas pesquisas com tendências distintas de linguagens visuais como pintura, tecelagem, gravura, desenho e instalação. “Cada tendência é capaz de inaugurar novas séries que desdobram o fazer da arte numa prática infinita. Cada obra apresenta um universo particular de imersão”, diz Carlos Silva sobre as obras apresentadas.

Uma das cinco artistas que compõem a mostra,Pamella Wyla, de 25 anos, apresenta na mostra seu trabalho com tinta acrílica e costura de búzios sobre tela. As obras consistem em duas pinturas de retratos onde o rosto é transformado em área de indeterminação da pintura, trazem figuras humanas com adereços de herança afrodescendente, como uma sequência de búzios sobre a área dos cabelos em uma cabeça. Pamella Wyla é pedagoga e arte-educadora em formação. Sua linha de pesquisa artística investe em diversas linguagens como pinturas, colagens, escritas e fotografias e sua temática se concentra na apresentação de personagens humanos em paralelo a elementos étnicos identitários da afrodescendência.

Já a artista Paula Catu, em sua produção busca experimentar a visualidade pictórica de diversos materiais têxteis e seus desdobramentos, criando colagens fragmentadas e mundos imaginários que abordam temáticas ligadas ao universo feminino, intimidade, cotidiano, melancolia e tempo. A artista de 34 anos, já realizou exposições coletivas em A Pilastra: Inferninho Katya Flavya, em 2018 e Puteal em 2019, no 17º Encontro Internacional de Arte Tecnologia, no Museu Nacional em 2018 e na DeCurators: Por entre os Dedos em 2020. No ano passado participou das exposições Histórias que te movem, Vilarejo 21 e Carta/Obraborda no Museu do Divino, em Goiás.

O jovem artista Rafael Marques, de 24 anos, traz à mostra sua observação a respeito de insetos para explorar o caráter controverso/duvidoso das relações entre o ser e suas percepções sobre si mesmo e o outro, por meio da provocação de estranhezas. Rafael utiliza diversas mídias e linguagens tais como a gravura, a luthieria e a pintura entre outras.

Atualmente cursa graduação em Artes Visuais pela Universidade de Brasília (UnB), e há três anos começou a trabalhar com insetos como forma de domar o enorme incômodo que sentia com relação aos pequenos bichos. Ele optou por interagir apenas com insetos mortos, pois esses são mais previsíveis e sempre surgiram em seu quarto. A partir dessas experiências, iniciou uma linha de pesquisa sobre as relações metamórficas entre a constituição material e imaterial do ser humano e o corpo do inseto.

O artista Raylton Parga, de 26 anos,tem como linguagem principal o desenho e a pintura. A regularidade das formas geométricas, sua limpeza e economia visual são algo que o atrai profundamente, fazendo com que, em seus trabalhos, sempre tenha como busca a essencialidade dessas formas. Os trabalhos apresentados na Galeria Casa intitulados “Formas intrincadas” nascem do acúmulo de formas sobrepostas de objetos como correntes, ferragens, argolas, tubos e cadeados. Raylton se apropria deles no primeiro plano para então criar seus desenhos. Nesses trabalhos, o artista coloca um sobre o outro sem qualquer preocupação com o que pode vir a ser e cria um emaranhado de formas e linhas.

Na mostra, Rômulo Barros, de 26 anos, apresenta uma reunião de trabalhos que vem produzindo ao longo dos últimos tempos, intitulada Buliu. “Quase que como um chá de algumas ervas, pensando nos trabalhos como essas que se movem umas juntas das outras submergidas, uma permite a outra, seus óleos e suas essências vertem um perfume e um saber”, diz o artista.

Circuito em ebulição | Nova arte contemporânea em Brasília

Mostra coletiva
Local | Galeria Casa
Casapark, Piso Superior, dentro da Livraria da Travessa
Visitação | de 5 a 30 de janeiro
De terça a sábado, das 14h às 22h
Domingo, das 12h às 20h
Entrada | Gratuita
Classificação Indicativa | Livre para todos os públicos
Endereço | SGCV Lote 22, Brasília – DF
Contatos | +55 (61) 3403-5300 @casapark

O uso de máscaras é obrigatório em todas as áreas do shopping

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado