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Brasília

Casal golpista é preso por roubar R$ 300 milhões

O homem e a mulher eram considerados uns dos maiores fraudadores bancários do país, e
de os líderes de uma organização criminosa

Geovanna Bispo

01/04/2022 15h17

Foto: Reprodução

Um casal foi preso, na noite da última quinta-feira (31), suspeitos de fraudar diversas contas bancárias e causar um prejuízo estimado de R$ 300 milhões.

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o homem e a mulher eram considerados uns dos maiores fraudadores bancários do país, e os líderes de uma organização criminosa.

De acordo com as investigações, eles agiam há mais de dez anos no Distrito Federal e praticavam cerca de três fraudes por mês. Uma das vítimas, uma loja de calçados, chegou a perder mais de R$ 1 milhão e 400 mil.

A apuração mostra que a invasão às contas bancárias era feita através de fishings, onde, após o roubo, os valores eram transferidos para diferentes contas, tanto de pessoas reais, quanto contas abertas com documentos com documentos falsos.

Após a transferência, eles geravam e pagavam boletos, sacavam o dinheiro e tentavam, de toda forma, ocultar a origem ilegal dos valores.

As investigações começaram em 2019, quando a PCDF efetuou a prisão de indivíduos que realizavam saques, transferências e conversão de moeda nacional em dólar em uma agência bancária. Descobriu-se que essas pessoas eram a base da pirâmide da organização, que emprestavam suas contas para serem beneficiadas com o dinheiro do furto. Em um segundo patamar, havia os recrutadores de conta bancária e, acima deles, os gerentes de operações.

Em 2015, os dois já haviam sido presos na Operação Safira, onde eles também eram fraudadores de um banco. Já nessa época, o prejuízo estimado era de R$ 40 milhões.

O homem preso tem antecedentes criminais por duplo homicídio, estelionato,
organização criminosa, furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e posse de drogas. E a mulher, por furto mediante fraude, organização criminosa e associação criminosamente.

A prisão foi decretada pela Vara Criminal de Águas Claras, que atendeu ao pedido do Núcleo Especial de Combate a Crimes Cibernéticos (Ncyber), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

As investigações foram realizadas em parceria com a Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf) e a Delegacia de Repressão aos Crimes Ciberbéticos (DRCC) da PCDF.

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