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Saúde

Brasília é a segunda capital do país com maior número de fumantes

Aproximadamente, 10% da população brasileira acima de 18 anos é tabagista, segundo o Instituto Nacional de Câncer

Redação Jornal de Brasília

29/08/2022 17h38

Celebrado hoje (29), o Dia Nacional de Combate ao Fumo chama atenção para o número crescente de fumantes em Brasília, já que o Distrito Federal é a segunda capital do Brasil com maior proporção de fumantes no país.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2021 pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas, no DF 11,8% da população é fumante.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 161.853 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse deixado de lado, sendo que cerca de ? destes óbitos são decorrentes de algum tipo de câncer relacionado ao hábito de fumar. Segundo dados do Ministério da Saúde, pessoas que fumam têm 30% de chance a mais de desenvolver câncer de pulmão.

O oncologista da Oncoclinicas Brasília, Márcio Almeida, afirma que o tabagismo aumenta consideravelmente a incidência de câncer do pulmão e explica que os sintomas normalmente estão ligados ao próprio aparelho respiratório. “Tosse, falta de ar e dor no peito são sintomas que as pessoas devem ficar atentas. Isso porque esses sinais inicialmente podem ser relacionados a outras doenças mais simples. Fraqueza e perda de peso também podem ser sintomas da doença”, ressalta o médico. Márcio Almeida, afirma que a forma mais eficaz de prevenir o câncer de pulmão é parar de fumar. “Mudar os hábitos pode fazer a diferença”, finaliza.

Câncer x Cigarro eletrônico

Aproximadamente, 10% da população brasileira acima de 18 anos é tabagista, segundo o Instituto Nacional de Câncer. O número representa um avanço em relação há 20 anos, quando esse percentual era o dobro, mas o vício ainda atinge mais de 20 milhões de brasileiros. E conforme as políticas públicas de prevenção avançam, novos desafios também se apresentam. O cigarro eletrônico é um deles.

Especialistas estimam que cerca de 600 mil brasileiros fazem uso desse dispositivo. De acordo com uma pesquisa desenvolvida pelo Inca, o cigarro eletrônico aumenta mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro convencional e mais de quatro vezes o risco de uso do cigarro.

Além disso, o levantamento reforça ainda que o cigarro eletrônico eleva as chances de iniciar o uso do cigarro tradicional para aqueles que nunca fumaram.

“Um importante ponto é que esse tipo de vício tem atraído principalmente os adolescentes. Estudos mostram que os níveis de toxicidade podem ser tão prejudiciais quanto os do cigarro tradicional, já que combinam substâncias tóxicas com outras que muitas vezes apenas mascaram os efeitos danosos. Os cigarros eletrônicos oferecem muitos riscos à saúde, como dependência, doenças respiratórias, cardiovasculares e o câncer”, explica o oncologista da Oncoclinicas Brasília.

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