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Política & Poder

Ricardo Barros pede que PF investigue CPI por supostos vazamentos

Para o deputado, além do vazamento dos dados sigilosos, a PF tem de investigar abuso de autoridade supostamente cometido pelos senadores da comissão

Willian Matos

16/08/2021 11h52

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Líder do governo na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) pediu à Polícia Federal que investigue a CPI da Pandemia por supostos vazamentos de dados sigilosos. O próprio parlamentar anunciou a medida nesta segunda-feira (16).

Segundo Barros, que foi ouvido pela comissão na última quinta (12), a imprensa recebeu documentos sigilosos que têm sido usados pelos senadores nas investigações da CPI. “Troca de mensagens e áudios sob responsabilidade da Comissão basearam reportagens divulgadas no fim de semana”.

Para o deputado, além do vazamento dos dados sigilosos, a PF tem de investigar suposto abuso de autoridade. “A CPI se utiliza de estratégia covarde para politizar a investigação com o objetivo de me atingir e de atingir o governo Bolsonaro”, disparou Barros.

Amplamente esperado, o depoimento do parlamentar na quinta (12) foi interrompido após Barros dizer que a CPI estaria atrapalhando negociações para compra de vacinas. “Eu espero que essa CPI traga bons resultados para o Brasil, produza um efeito positivo para o Brasil, porque o negativo já produziu muito, afastou muitas empresas interessadas a vender vacinas”, disse o líder do governo durante a oitiva.

A fala causou revolta em diversos senadores, e o presidente Omar Aziz (PSD-AM) decidiu suspender a sessão. Ricardo Barros deve ser reconvocado. “Fui à Comissão e rebati todas as acusações com documentos. Estou pronto para voltar assim que me chamarem”, declarou Barros.

Ricardo Barros é tido como mentor da negociação entre o governo federal e a intermediadora Precisa Medicamentos para compra da vacina contra a covid-19 Covaxin. Rodeado de polêmicas, o contrato foi suspenso pelo Ministério da Saúde. Barros alega não ter participado de nenhuma tratativa indevida.

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