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Política & Poder

Sérgio Reis nega que esteja liderando greve dos caminhoneiros

Sérgio deve atender pedido dos caminhoneiros e levar até o Senado o pedido de impeachment dos ministros Barroso e Alexandre de Moraes

Redação Jornal de Brasília

16/08/2021 11h34

O cantor Sérgio Reis negou nesta segunda-feira (16) que esteja organizando uma greve de caminhoneiros prevista para a semana do dia 7 de setembro. A fala contradiz a si próprio, já que, nas redes sociais, o artista e ex-deputado vinha falando do ato como se estivesse à frente.

“Eu sou uma pessoa que tem conhecimento profundo sobre o que acontece no país referente aos caminhoneiros, como eles são muito ligados e todos eles ouvem os meus programas, me falaram: ‘Sergio, dá uma força’. E eu falei: ‘Tudo bem, vamos lá’. Não sou eu o líder”, afirmou o artista nesta segunda (16).

Anteriormente, Sérgio Reis havia dito: “Vamos fazer um movimento clássico, sem agressões. Queremos dar um jeito de movimentar esse país e salvar o nosso povo. Estamos organizando talvez [para os dias] 4 a 6 de setembro. Dia 7 de setembro não queremos fazer nada para não atrapalhar o desfile do nosso presidente, que é muito importante.”

Sérgio deve atender pedido dos caminhoneiros e levar até o Senado o pedido de impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso. “O que nós queremos é que todos esses impeachment sejam estudados e analisados, e eles não fazem nada. Então, agora, nós vamos pedir”, explicou o ex-parlamentar. “Eu só estou nessa briga porque eu devo ao povo”, acrescentou.

Em outro vídeo publicado nas redes, Reis também afirma que a paralisação terá 72 horas e que outros tipos de transporte serão impedidos de transitar. “O Brasil inteiro vai estar parado. Ninguém trafega, ninguém sai. Ônibus volta para trás com passageiros. Só vai passar polícia federal, ambulância, bombeiro e cargas perecíveis. Fora isso, ninguém anda no Brasil”, disse o cantor.

Baixa adesão

A manifestação tem encontrado dificuldades de adesão entre caminhoneiros autônomos. “Nós não estamos nesse movimento, pois não existe pauta para a categoria. O que estão fazendo é politicagem e nada mais fora disso”, disse o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas, Plínio Dias.

Para Joelmes Correia, do movimento GBN Pró-caminhoneiro autônomo independente, a manifestação é um apoio político e ideológico e foge do escopo de reivindicações da categoria. “Muitas vezes eles acabam querendo usar do nome ou da força da categoria para viabilizar uma movimentação ou atrair a atenção do público. Isso é ruim, porque desgasta. Quando vamos atrás de movimentações para as reivindicações corretas da categoria, elas esbarram nessas movimentações políticas e nos descredibiliza”, afirmou Correia.

“No momento, quem tende a parar são mais as pessoas ligadas ao agronegócio. Claro que muita coisa pode mudar até lá, principalmente se convencerem [os organizadores] a levantar alguma pauta de benfeitoria a longo prazo para a categoria dos caminhoneiros. Mas eu não vejo muito futuro”, completou.

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