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Política & Poder

Mourão vê como “opiniões” ataques de Roberto Jefferson ao STF

Para o vice-presidente, ordem de prender o ex-deputado foi indevida. Jefferson foi preso na última sexta (13)

Redação Jornal de Brasília

16/08/2021 11h13

O vice-presidente não enxerga como ataques os ataques antidemocráticos cometidos pelo ex-deputado Roberto Jefferson, que foi preso na última sexta-feira (13) suspeito de participar de uma organização criminosa que atenta contra a democracia e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Para Mourão, os posicionamentos contra a Corte são opiniões. “Isso é opinião. A partir do momento que ele, por exemplo, montar uma milícia com cinco mil homens e vier cercar o Congresso, aí virou ameaça”, opinou o vice-presidente.

Sobre a prisão de Jefferson, Mourão acredita que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que expediu a ordem judicial, poderia ter “tomado outra decisão”. “O ministro Alexandre de Moraes poderia ter tomado outra decisão, né? Também de tão importante, e de tão coercitivo, sem necessitar mandar prender por algo que é uma opinião, que o outro vem externando”, disse.

Na visão do vice-presidente, as “opiniões” de Jefferson são “pesadas”, mas não representam “uma ameaça à democracia tão latente assim”. “O que eu tenho visto aí é que o ex-deputado Roberto Jefferson faz as críticas. As críticas que, se pode colocar, pesadas. Se o camarada se sente ofendido, eu acho que tem que buscar o devido processo”, falou Mourão, no dia da prisão do ex-presidente do PTB.

Reunião com Barroso

Na semana passada, Mourão se reuniu com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, que vem sofrendo constantes ataques do presidente Jair Bolsonaro. A conversa ocorreu na casa de Barroso, que convidou o general para o encontro. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o ministro quis saber se as Forças Armadas embarcariam em uma aventura golpista promovida por Bolsonaro.

Chamado de “imbecil”, “idiota” e “filho da p…” pelo presidente, Barroso não escondeu do general que se mostrava perplexo com o que vinha ocorrendo. Soube que as ameaças teriam incluído até o uso de voos rasantes com um dos jatos supersônicos da Força Aérea Brasileira (FAB) sobre o prédio do Supremo, quando o ministro da Defesa ainda era Fernando Azevedo e Silva.

A reunião não constava da agenda oficial e foi cercada de sigilo, ocorrida no mesmo dia do desfile de tanques das Forças Armadas na Esplanada. Na mesma data, Bolsonaro viu a PEC do voto impresso ser derrotada na Câmara dos Deputados. A proposta que virou um cabo de guerra acabou derrubada sob clima de tensão, com deputados acusando o governo de querer intimidar o Legislativo.

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