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Política & Poder

Dimas Covas: “A vacina não vai abortar a terceira onda”

Presidente do Butantan disse que o Brasil não tomou o conjunto de medidas adequadas para controle da pandemia, como fizeram outros países

Willian Matos

27/05/2021 12h27

Dimas Covas na CPI

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, ressaltou nesta quinta-feira (27), durante a CPI da Covid, a importância de medidas além da vacinação contra a pandemia. Para Covas, as vacinas por si só não seriam capazes de abortar a segunda onda e tampouco abortarão a terceira.

Covas respondia sobre a tese de imunidade de rebanho que, segundo ele, “já foi descartada há muito tempo”. Depois, o presidente explicou que a vacinação é uma das diversas medidas contra a covid-19 que devem ser implementadas em conjunto.

“A vacina, nesse momento, ajudaria muito, mas não resolveria o problema da epidemia. Ela não teria abortado a segunda onda e seguramente não vai abortar a terceira onda, porque nós temos ainda muitas pessoas suscetíveis no Brasil”, explicou Covas. “Portanto, as medidas chamadas não farmacológicas para enfrentamento da epidemia são fundamentais.

O presidente citou que diversos países do mundo fizeram essa junção de medidas e, por isso, têm controlado a pandemia. “Isso foi feito por todos os países civilizados do mundo que conseguiram o controle da epidemia. A gente só precisaria copiar, não precisaríamos inovar. Nós não fizemos isso.”

O Brasil teme uma terceira onda da covid-19, sobretudo devido à entrada de uma cepa indiana do novo coronavírus no país. Na quarta (26), Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, identificou que um brasileiro foi infectado com a variante, a B.1.617.2.

O brasileiro de 32 anos desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos no sábado (22) e, em cinco dias, circulou por São Paulo, Rio de Janeiro e Campos dos Goytacazes-RJ, onde ele mora.

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