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Política & Poder

Bolsonaro precisa melhorar sobre vacinas, pandemia e educação, avaliam auxiliares

A defesa é para que Bolsonaro participe de todos os debates do segundo turno. A participação depende da concordância do ex-presidente

FolhaPress

17/10/2022 13h39

Foto: Sérgio Lima/ AFP

Juliana Braga
Brasília, DF

A campanha de Jair Bolsonaro (PL), após o debate deste domingo (16), avalia que o presidente escorregou em três assuntos, nos quais precisa melhorar: vacina, pandemia e educação.

Embora a percepção de aliados tenha sido a de que Bolsonaro dominou o confronto e tenha se saído melhor que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na maior parte do tempo, esses três pontos são vistos como importantes para se avançar no eleitorado indeciso.

No primeiro bloco de confronto direto entre os dois, Lula conseguiu gastar boa parte do tempo debatendo a condução de Bolsonaro na pandemia de coronavírus e na aquisição de vacinas. O ex-presidente insistiu na afirmação de que o atraso na compra dos imunizantes resultou na morte de 400 mil brasileiros.

“Por que que houve tanta demora para se comprar vacina? O senhor não se sente responsável? O senhor não carrega nas costas um pouco do sofrimento dos brasileiros de ser responsável pelo menos por 400 mil mortes nesse país?”, provocou o petista.

Com relação à educação, a percepção é de que Bolsonaro não conseguiu rebater de forma incisiva quando Lula insistiu que, no seu governo, o número de jovens no ensino superior aumentou em quase 5 milhões. “Seu Lula, durante a pandemia, dois anos as universidades ficaram fechadas. Não tinha cabimento você abrir universidade para ficar fechada”, respondeu o presidente.

Ainda assim, seus aliados comemoraram o desempenho, que avaliam ter sido superior ao de Lula. Para eles, o petista demonstrou ter sentindo os ataques relacionados à corrupção, o que poderia ser percebido pela má administração do tempo no último bloco e pelas piadas e brincadeirinhas “defensivas”, diante do que chamam de “falta de argumentos”.

A defesa é para que Bolsonaro participe de todos os debates do segundo turno. A participação depende, no entanto, da concordância do ex-presidente.

Como mostrou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, Lula deu sinais de irritação após o debate realizado na noite de domingo (16) por um pool formado por Folha de S.Paulo, UOL e as TVs Band e Cultura.

Ao final do evento, deu uma bronca em sua equipe, dizendo que não iria mais dar entrevistas naquela noite. Também ficou impaciente ao querer saber qual era a saída correta do local.

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