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Leilão da Cedae coloca saneamento no caminho da universalização

Atualmente, cerca de 100 milhões de brasileiros vivem em locais sem acesso a redes de coleta de esgoto

Geovanna Bispo

30/04/2021 17h51

Foto: Agência Brasil

Nesta sexta-feira (30), foi realizado o leilão da Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro que teve expressivo resultado, chegando a arrecadar R$ 22,6 bilhões. Ele se mostrou um passo importante para o setor de saneamento para a universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgoto no país. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia que a participação de grandes grupos no leilão mostra a disposição de se investir no setor, especialmente depois da aprovação do marco legal do saneamento.

O presidente da Confederação, Robson de Andrade, explica que o projeto de venda estruturado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) é completamente fiel ao marco legal do saneamento básico. “Somente com a participação da iniciativa privada que conseguiremos ampliar o acesso da população às redes de saneamento no país.”

Para Braga, a concessão da Cedae servirá de exemplo para outros estados. Ele lembra que, atualmente, cerca de 100 milhões de brasileiros vivem em locais sem acesso a redes de coleta de esgoto.

“Os investimentos em saneamento, além de alavancar a economia local por meio da geração de empregos e renda para a população e de contribuir para a saúde dos cidadãos, têm efeito multiplicador em uma longa cadeia produtiva”, afirma Robson Andrade. “O impacto é importante na fabricação de produtos de metal para a criação de reservatórios metálicos e tubos, que por sua vez, serão demandantes da indústria de aço e alumínio”, acrescenta.

As obras de saneamento também impactam no aumento da demanda pela fabricação de produtos de plástico e borrachas, como tubulações e válvulas, assim como na indústria de materiais não metálicos, como cimento e concreto.

Os principais números

O Consórcio Aegea arrematou o Bloco 1 por R$ 8,2 bilhões de outorga, com ágio de 103%, e o Bloco 4, com oferta de R$ 7,2 bilhões de outorga e ágio de 187%; a Iguá Projetos levou o Bloco 2 por R$ 7,28 bilhões de outorga, com 129% de ágio. O Bloco 3 foi declarado sem vencedor – o que não desmerece o mérito do projeto global, e pode ser relicitado no futuro. Este leilão da Cedae é o projeto de infraestrutura com maior impacto em curso no país.

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