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Economia

Eletrobras propõe aumentar em 130% a remuneração da administração

A Eletrobras apresentou uma proposta de reajuste da ordem de 130% na remuneração da administração da empresa

FolhaPress

23/11/2022 12h54

Foto: Dado Galdieri

SÃO PAULO, SP

A Eletrobras apresentou uma proposta de reajuste da ordem de 130% na remuneração da administração da empresa. A proposta vai ser votada em Assembleia Geral Extraordinária, agendada para o dia 22 de dezembro.

Segundo a proposta, divulgada nesta terça-feira (22), a companhia privatizada em junho deste ano pagaria R$ 35,9 milhões para diretores, conselheiros de administração, conselheiros fiscais e integrantes de comitês estatutários de assessoramento ao conselho.

Os valores se referem ao período entre abril deste ano e março de 2023. Em abril, o valor total originalmente aprovado para pagamento foi de R$ 15,4 milhões.

A empresa justifica que a remuneração fixa e de benefícios não é reajustada desde 2015.

QUANTO GANHARIA O PRESIDENTE DA ELETROBRAS?

Pela proposta, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, que assumiu o cargo em setembro, receberia um salário de R$ 300 mil todo mês -o pagamento atual é de R$ 52,3 mil mensais.

Membros do conselho de administração, por sua vez, receberiam entre R$ 60 mil e R$ 200 mil mensalmente.

“Com a empresa privatizada, caso aprovado o novo modelo de remuneração, será possível, efetivamente, adotar nova prática cuja principal finalidade é promover o alinhamento dos interesses dos Administradores com os interesses dos acionistas da Companhia, bem como realmente possibilitar atração e retenção de talentos”, afirma a Eletrobras em documento.

De acordo com a Eletrobras, o aumento na remuneração para os executivos de alto escalão “propiciará a atração de novos profissionais, retenção de talentos, evitando potenciais atrasos ou não realização dos projetos e iniciativas associados às alavancas de valor da desestatização.”

Em meio a essa proposta de reajuste, a Eletrobras iniciou em novembro um plano de demissão voluntária, chamado de PDV, para mais de 2 mil funcionários, ao custo de R$ 1 bilhão.

A medida é voltada a empregados aposentados pela previdência oficial ou aposentáveis até 30 de abril de 2023, considerando critérios como idade e tempo de contribuição. Em todas as empresas da companhia, há 2.312 colaboradores elegíveis ao plano.

O período de adesão foi entre os dias 1º a 18 deste mês, e os desligamentos ocorrerão em turmas escalonadas de dezembro de 2022 até abril de 2023.

“Entre os incentivos que fazem parte do pacote estão as pecúnias equivalentes a três anos de plano de saúde e um ano de auxílio-alimentação, o incentivo indenizatório de nove salários, além dos valores referentes à demissão sem justa causa”, destacou a Eletrobras em comunicado.

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