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Brasil deve indicar Ilan Goldfajn à presidência do BID

Paulo Guedes revelou a indicação à secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen

Redação Jornal de Brasília

17/10/2022 6h37

Foto: Reprodução

O ministro da Economia, Paulo Guedes, vai indicar o nome do ex-presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, à presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), conforme fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast, em Washington. Ele revelou o indicado à secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, durante as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Guedes aproveitou a vinda a Washington justamente para conquistar apoio à candidatura. Questionado por jornalistas, ele não quis revelar o nome. Confirmou apenas que o Brasil tinha interesse no posto e que defendia ainda que o mandato de presidência do BID fosse de 5 anos, sem reeleição. O Brasil nunca conseguiu ocupar a cadeira.

Segundo Guedes, o nome seria de alguém com “respeito em Washington”, “nem de esquerda, nem de direita”. Atualmente, Goldfajn é diretor do FMI. Além de presidir o BC na gestão de Michel Temer, ele foi ainda economista-chefe do Itaú Unibanco, maior banco da América Latina. “Como estou sugerindo nome para o BID fora da política, eleições não devem ter impacto”, disse ele, a jornalistas.

O ministro da Economia brasileiro teve reuniões bilaterais com seus homólogos do Chile, Colômbia, Argentina e México, em que a candidatura do Brasil à presidência do BID foi discutida. Guedes disse, porém, que não veio a Washington pedir apoio, mas defender a plataforma que o País entende como a mais acertada à instituição. Dessas conversas, a Colômbia sinalizou que pode apoiar o Brasil enquanto o Chile informou que irá indicar o seu próprio candidato.

Ainda nessas conversas em Washington, Guedes contou que puxou a secretária do Tesouro dos Estados Unidos de canto e revelou o nome somente para ela. Para Yellen, admitiu que pediu apoio à candidatura. “Ela achou o nome muito bom”, afirmou o ministro, a jornalistas, esclarecendo que isso não significa que os EUA vão apoiar o Brasil.

Segundo Guedes, o País tem 11% dos votos enquanto os EUA possuem a maioria, 30%. Assim, se o Brasil conseguir o apoio dos EUA, necessitará apenas da suporte de um ou dois membros com uma menor participação para conseguir a maioria.

O governo de Joe Biden não pretende sugerir um candidato dos Estados Unidos para concorrer à presidência do BID, conforme noticiou o Estadão/Broadcast. Tal postura difere da adotada por Donald Trump, que havia indicado o antigo líder da instituição, Mauricio Claver-Carone, demitido após um escândalo ético. A partir de então, no fim de setembro, foi aberto um processo para a escolha de novo presidente para o BID.

Estadão conteúdo

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