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Cliente golpeada se revolta por agressor não ter sido preso

Com medo, a vítima preferiu não se identificar e contou que não conhece Rogério e sequer olhou para ele no dia da agressão

Redação Jornal de Brasília

24/02/2023 8h21

Foto: Reprodução

Após ser atingida com um carrinho de compras e desmaiar no supermercado, a mulher de 45 anos pediu ajuda ao Ministério Público de Goiás (MP-GO), porque o agressor Rogério Santos, de 36, não foi preso. Segundo a vítima, ele assumiu o risco de matá-la e agiu intencionalmente.

Confira o vídeo da agressão:

“Eu estou buscando os meios legais para que ele seja detido e não faça isso com mais ninguém. A polícia fez o seu trabalho com excelência, mas a lei é falha. Agora esperamos a decisão da Justiça! E eu ainda acredito nela! É o que me resta!”, disse ao G1.

Em nota, o MP-GO informou que, tendo em vista que já houve a lavratura do TCO e a marcação da audiência preliminar para o dia 19 de junho deste ano, o Ministério Público vai analisar o feito nesta ocasião, acompanhado da juntada des documentos, com a eventual manifestação de declinação de competência ao Juízo Criminal.

Com medo, a vítima preferiu não se identificar e contou que não conhece Rogério e sequer olhou para ele no dia da agressão. De acordo com o delegado Guilherme Saad, Rogério foi encaminhado à delegacia, que registrou o caso como lesão corporal de natureza leve. Por isso, o agressor assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado.

Agressor não foi preso

Segundo Guilherme Saad, o relatório médico da vítima constatou lesões superficiais, que não configuraram tentativa de homicídio, mas sim lesão corporal.

“Não há um meio termo entre os dois. A regra no ordenamento jurídico é que a pessoa responda em liberdade. O crime de lesão corporal não permite a representação por prisão preventiva ou concessão de fiança, caso ele assine o TCO. De acordo com a técnica foi dada a autuação para o caso.”, disse.

Com esperança de que o MP-GO ajude no caso, a vítima comentou o registro policial do caso.

“Até o momento, pela lei, sabemos, é considerado apenas uma lesão corporal leve, e este é o motivo de ele estar solto. Graças a Deus, tenho uma boa resistência física e ele não conseguiu causar um traumatismo craniano em mim ou algo pior”, detalhou.

A vítima relembrou os momentos que viveu durante e após a agressão.

“Eu perdi a consciência e os movimentos temporariamente e fui carregada por terceiros até uma cadeira de rodas, sentido uma dor insuportável na cabeça que me impedia até mesmo de falar”, disse.

O outro lado

O homem disse que a vítima praticou bullying contra ele e o chamou de “gay”. A vítima negou.

“Ele começou a mentir, dizendo que eu o xinguei, para assim justificar a violência dele e ninguém fazer nada. Em nenhum momento eu o xinguei, nem dirigi uma palavra a este homem, nem lancei nenhum olhar para ele que pudesse resultar em um desentendimento. Eu estava apenas seguindo minha vida e meus afazeres, como uma cidadã comum. E aconteceu esse atentado”, detalhou.

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