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Brasília

Polícia apreende 12º adolescente envolvido em ameaças a escolas do DF

Arquivo Geral

22/03/2019 10h13

Foto: PCDF/Divulgação

Tácio Lorran
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Investigadores da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) aprenderam um adolescente de 13 anos suspeito de envolvimento em ameaça a escolas da rede pública de Samambaia. O menor foram encontrados na QR 516 da região administrativa.

Segundo a Polícia Civil, a DRCC soube na manhã dessa quinta-feira (21), por meio da Secretaria de Educação do DF, que vídeo publicado em contas do Instagram ligadas aos adolescentes mostrava pessoas armadas e fazia menção a “massacre” em nove estabelecimentos de ensino. O suspeito foi apreendido na noite do mesmo dia.

O menor usou o celular da irmã para criar perfis falsos e compartilhar vídeos no WhatsApp. Nas imagens, três pessoas aparecem mascaradas, portando fuzis e dizendo que “não vai passar nada” e que “vai explodir todo mundo”.

Durante a busca, os policiais não encontraram nada. “Na realidade, era um adolescente que, de forma irresponsável, decidiu fazer essas ameaças. Em nenhum momento ele tinha algum tipo de material que poderia colocar em risco a sociedade de Brasília”, disse o delegado da DRCC, Jean Carlos.

Sobre a filmagem, o adolescente disse que pegou na internet. Os policias aprenderam um bilhete durante o cumprimento do mandado. Nele, aparece a mensagem: “o massacre vai começar!” e a figura de um revólver, ambos feito a mão.

Foto: PCDF/Divulgação

Não é brincadeira

O adolescente é o 12º menor de Brasília identificado fazendo ameaça pela internet após o ataque em Suzano. O delegado Jean Carlos afirma que a polícia está atenta e que encara todas as denúncias com a maior seriedade possível.

O investigador pede para que, de forma alguma, os adolescentes entrem nessa “onda” de fazer ameaças. “A polícia está identificando efetivamente todos. Não adianta usar perfil falso, pois a polícia tem tecnologia para identificar essas pessoas”, disse.

O delegado ainda recomendou que as pessoas que estiverem pensando em fazer atitudes semelhantes, cessar imediatamente, pois podem ser prejudicadas futuramente.

“Além dos problemas criminais, esses adolescentes podem ter outros tipos de problemas”, explica. “Um tipo de ocorrência como essa, por exemplo, se assemelha muito a um ato terrorista. Então, isso pode atrapalhar, amanhã, um adolescente que queira viajar para outro país”, finaliza.

Ameaça de bomba

Na quarta-feira (20), um boato de ameaça de bomba no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 27, na QNR 01, em Ceilândia, assustou pais de alunos. A Polícia Militar foi chamada e fez uma varredura no local, mas nada foi encontrado. Segundo a direção, as informações eram falsas. Mesmo assim, pais preferiram levar os filhos para casa.

A confusão ocorreu dois dias depois de ameaças de bomba provocarem a suspensão das aulas do Centro Educacional Gisno, na Asa Norte. No início da manhã do dia 18, um aparato de segurança foi deslocado para a unidade, após o delegado-chefe da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) receber informação de que quatro alunos teriam colocado explosivos no prédio da instituição. A denúncia era de que os suspeitos estavam planejando, pelas redes sociais, um ataque como o massacre de Suzano.

Serão responsabilizados

O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, afirmou, na quarta-feira (20), que autores das ameaças realizadas contra escolas  serão “responsabilizados pelo que estão fazendo”. Segundo o gestor, já foram identificados onze suspeitos, em sua maioria, adolescentes. Quanto às ameaças, ele garante que não há motivo para preocupação, uma vez que a pasta segue com medidas de segurança nas instituições de ensino. “Não há motivo para pânico”, afirmou.

De acordo com o secretário, 180 policiais militares passarão a atuar nos perímetros de cerca de 40 escolas da rede pública local, reforçando também o Batalhão Escolar, presente em instituições. “A ideia é orientar os professores, os funcionários das escolas, para que em um eventual problema eles saibam exatamente o que fazer”, disse Torres.

 

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