Willian Matos e Lucas Neiva
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A morte de Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, completou uma semana na segunda-feira (5). Algumas perguntas sobre o caso seguem sem respostas.
Após a chacina no Incra 9 no último dia 9 de junho, Lázaro ficou 20 dias foragido entre Ceilândia-DF, Águas Lindas-GO e Cocalzinho-GO. Enquanto os mais de 270 policiais o procuravam, o fugitivo invadiu diversas casas, e há a suspeita de que ele tinha ajuda para se esconder. Uma das perguntas, portanto, é: quem ajudava?
Um dos possíveis ajudantes é o fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, 73 anos, dono de propriedade em Cocalzinho-GO. Elmi teria não somente ajudado, mas também contratado Lázaro para cometer a chacina no Incra. Uma linha de investigação aponta que a família Vidal, morta na chacina, teria pendências com o fazendeiro. A informação precisa ser confirmada após apuração da Polícia Civil.
No dia em que foi morto com quase 40 tiros, Lázaro estava com R$ 4,4 mil em espécie. O dinheiro indicava que ele se preparava para fugir, mas também levanta outra suspeita: havia alguém dando dinheiro a Lázaro ou até mesmo o contratando? A resposta deve surgir depois de a Polícia Civil concluir o inquérito.
Carta com último desejo
Em carta guardada em seu bolso durante seu último confronto com policiais, Lázaro Barbosa declarou que não se entregaria para a polícia. Além disso, pede ajuda a um colega para conseguir munição, e demonstra que tentava fugir do cerco montado por forças de segurança em Cocalzinho. A carta demonstra que Lázaro não agia sozinho em suas ações e comprova que recebia abrigo de comparsas.