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Brasília

Caso Lázaro: Prefeito de Cocalzinho conhecia o assassino

Em entrevista ao Jornal de Brasília, Alessandro Otone revelou que ambos nasceram na mesma cidade, Barra do Mendes, na Bahia e desconversou sobre investigação do envolvimento de empresários

Vanessa Lippelt

05/07/2021 20h33

O atual prefeito de Cocalzinho de Goiás (GO), Alessandro Otone Barcelos, 46 anos, e o criminoso Lázaro Barbosa de Sousa, morto aos 32 pela polícia no dia 28 de junho, têm um passado em comum. Ambos nasceram na mesma cidade, Barra do Mendes, na Bahia. Além disso, o pai de Alessandro, Osvaldo Otone Sales, possuía uma fazenda no povoado de Melancia – local onde Lázaro foi criado e as famílias de ambos se conheciam. Foi Osvaldo quem trouxe a família de Lázaro da Bahia para Cocalzinho.

“Meu pai costumava trazer mão de obra da Bahia para trabalhar nas fazendas aqui. Eu tinha uns 17 anos quando ele trouxe o Naldo”, revela o chefe do executivo da cidade que foi aterrorizada por Lázaro por 20 dias referindo-se a Edenaldo Barbosa, pai do criminoso, em entrevista ao Jornal de Brasília.

Alessandro conta que Lázaro tinha 3 anos quando o conheceu. “Mas não o vi mais. Apenas fiquei sabendo que havia sido preso na Bahia”, diz. “Não tenho conhecimento que ele tenha vindo para cá adulto.” Em 2018, Lázaro teria trabalhado na fazenda de Wesley Lacerda, localizada em Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás. No mesmo ano, Alessandro exercia seu terceiro mandato consecutivo como vereador na mesma cidade.

Questionado sobre a linha de investigação da polícia que aponta o envolvimento de empresários, fazendeiros e políticos com Lázaro, o prefeito tergiversa. A polícia acredita que um dos envolvidos seja o fazendeiro Elmi Caetano, acusado de ter escondido Lázaro em sua propriedade. Elmi e o prefeito são amigos há cerca de 20 anos, conforme relato do próprio Alessandro. “Eu não vou falar para você que sim nem que não. Eu nem sabia que o Elmi conhecia o Lázaro”, diz Alessandro sobre se acredita no envolvimento do fazendeiro. “É uma investigação, não descarto, mas também não posso afirmar nada não. Vou acreditar no trabalho da polícia.”

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