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Brasília

PCDF deflagra a Operação Ludíbrio

O objetivo é apurar a suposta prática de diversos delitos por ao menos dois Auditores Fiscais do DF-Legal, dentre outras pessoas

Redação Jornal de Brasília

20/05/2022 7h25

Foto: Reprodução/ PCDF

Na manhã desta sexta-feira, 20, a Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Delegacia de Repressão à Corrupção — DRCOR/DECOR/PCDF, com apoio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social — Prodep/MPDFT, deflagrou a Operação Ludíbrio.

Ela tem como objetivo apurar a suposta prática de diversos delitos por um grupo criminoso composto por ao menos dois auditores fiscais do DF Legal, dentre outras pessoas.

Após receber algumas denúncias anônimas, a PCDF empreendeu várias diligências sendo colhidos diversos elementos que indicam que os investigados receberiam e/ou cobrariam vantagens indevidas a fim de: não fiscalizar determinados imóveis e pessoas; emitir indevidamente autorizações diversas, como Alvarás de Construção e Cartas Habite-se; reduzir ou extinguir, ilicitamente, débitos e taxas; cancelar, irregularmente, Autos de Infrações, Embargos e Interdições; repassar informações sigilosas sobre data e local de ações fiscalizatórias; dentre outros.

A PCDF cumpriu 17 mandados de busca e apreensão em diversas regiões do Distrito Federal, bem como em Alexânia e Goiânia. Também estão cumprido 3 mandados de prisão temporária, expedidos em desfavor do núcleo principal de investigados, composto pelos dois auditores fiscais e uma terceira pessoa, responsável por captar “clientes” e fazer a intermediação das negociações com os servidores públicos, enquanto estes de fato executavam as ilegalidades.

Os “clientes” identificados até o momento também foram alvo de buscas.

Apurou-se, ainda, que um dos auditores fiscais investigados já está aposentado, porém, se apresentava como se da ativa fosse, a fim de praticar as irregularidades mencionadas.

Por conta dos indícios colhidos até o momento, os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, concussão, corrupção, dentre outros que devem ser melhor apurados. Somadas, as penas podem chegar a 27 anos de prisão.

A Operação Ludibrio teve participação de 100 policiais e ganhou esse nome em razão do termo ser sinônimo de “engano” e de “burla”, já que foi constatado que os investigados, agiam de má-fé, e ludibriavam as ações fiscalizatórias estatais.

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