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Brasília

Operação Huracán: Após liberdade, youtuber Klebim se pronuncia

“Eu nunca cometi crimes. Não existe organização criminosa, empresas fantasmas, sonegação de impostos e nem laranjas. Sou influenciador digital e vivo viajando e divulgando o meu trabalho”, disse em postagem

Marcus Eduardo Pereira

27/03/2022 20h33

Após o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) determinar a liberdade condicional aos investigados da Operação Huracán, o influencer Kleber Moraes, o Klebim manteve sua conta no Instagram e desabafou nas últimas postagens.

“Estou tentando ser forte, por todos que de verdade estiveram comigo nesses últimos dias.
Não tem como dizer que estou bem, meu sonhos foram arrancados de mim, eu não quero aparecer muito por aqui no momento, nunca fiz mal a ninguém e simplesmente vi tudo que conquistei ao longo de 12 anos de trabalho irem embora sem poder fazer nada”, diz um dos posts.

Klebim e mais três envolvidos são investigados por sorteios ilegais, lavagem de dinheiro em empresas fantasmas e usava contas de pessoas como “testa de ferro”. De acordo com o jovem influencer, nenhuma das acusações procedem. “Eu nunca cometi crimes. Não existe organização criminosa, empresas fantasmas, sonegação de impostos e nem laranjas. Sou influenciador digital e vivo viajando e divulgando o meu trabalho”, disse em outra postagem.

De acordo com a decisão do magistrado, foi aplicado uma série de medidas cautelares, além do uso de tornozeleira eletrônica de Klebim, Pedro Henrique Barroso Neiva, Vinícius Couto Farago e Alex Bruno da Silva Vale. Os quatro foram proibidos de permanecer na rua entre o horário de 19h e 6h. Também não podem frequentar bares, boates, distribuidoras de bebidas, locais de espetáculos, festas e qualquer reunião social com mais de 10 pessoas, inclusive nas próprias residências.

Os réus precisam manter uma distância de 200 metros uns dos outros e não podem manter nenhum tipo de contato, seja por meio de telefone, redes sociais ou aplicativos de conversa instantânea. O quarteto ainda foi proibido de deixar o Distrito Federal.

Na manhã de segunda-feira (21), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a Operação Huracán, onde foram cumpridos quatro prisões temporárias, sete mandados de buscas e apreensão, o sequestro de nove carros de luxo, como Ferrari, Lamborghini e Mercedes, além de uma mansão no Park Way avaliada em R$ 4 milhões no início desta semana.

Quatro investigados e três empresas envolvidas tiveram R$ 10 milhões de contas. Dentre eles, o influenciador digital, Klebim, que utilizava seus perfis nas redes sociais para promover e realizar sorteios de veículos de luxo customizados, e Eduardo Best, produtor musical do rapper Hungria.

Os outros três alvos foram presos temporariamente pelos crimes de lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar. Pedro Henrique Barroso Neiva, Vinícius Couto Farago e Alex Bruno da Silva Vale.

De acordo com as investigações, a organização realizava sorteios ilegais, lavava o dinheiro em empresas fantasmas e usava contas de pessoas como “testa de ferro”. Todos movimentavam as rifas clandestinas e auxiliavam na entrega dos veículos recebendo comissões em dinheiro pagas pelo youtube.

Eduardo Best coleciona 347 mil seguidores no Instagram e Klebim 1,4 milhões. Segundo a polícia, além de lavar o dinheiro dos sorteios com a aquisição de veículos superesportivos, o influente passou a emprestar dinheiro para criminosos que praticam roubos e furtos. Os criminosos movimentaram R$ 20 milhões em dois anos, de acordo com a DRF.

O Ministério da Economia, responsável por regrar e fiscalizar loterias e jogos de azar no País, considera rifa prática ilegal, mesmo que o dinheiro seja utilizado parcialmente para caridade, a prática é considerada clandestina e irregular.

A legislação permite sorteios e rifas com venda de cotas apenas para instituições filantrópicas e mediante autorização especial – nesse caso, os sorteios devem ser realizados necessariamente via Loteria Federal. “a exploração de bingos, loterias e sorteios é atividade ilegal e constitui contravenção penal”, além de ser um “serviço público exclusivo da União”, conforme a Pasta.

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