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Brasília

Operação policial prende youtuber e busca produtor por lavagem de dinheiro

De acordo com as investigações, a organização realizava sorteios ilegais, lavava o dinheiro em empresas fantasmas e usava contas de pessoas como “testa de ferro”

Marcus Eduardo Pereira

21/03/2022 7h43

O youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, o Klebim, e o produtor musical Eduardo Best são investigados pela polícia civil

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a Operação Huracán na manhã desta segunda-feira (21), que investiga um grupo de estelionatários por lavagem dinheiro. De acordo com as investigações, a organização realizava sorteios ilegais, lavava o dinheiro em empresas fantasmas e usava contas de pessoas como “testa de ferro”.

Foram cumpridos quatro prisões temporárias, sete mandados de buscas e apreensão, o sequestro de nove carros de luxo, como Ferrari, Lamborghini e Mercedes, além de uma mansão no Park Way avaliada em R$ 4 milhões.

Quatro investigados e três empresas envolvidas tiveram R$ 10 milhões de contas. Dentre os investigados estão o influenciador digital, Klebim, que utilizava seus perfis nas redes sociais para promover e realizar sorteios de veículos de luxo customizados, e Eduardo Best, produtor musical do rapper Hungria.

Outros três alvos foram presos temporariamente pelos crimes de lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar. Pedro Henrique Barroso Neiva, Vinícius Couto Farago e Alex Bruno da Silva Vale.

Conforme as investigações, todos movimentavam as rifas clandestinas e auxiliavam na entrega dos veículos recebendo comissões em dinheiro pagas pelo youtube.

Eduardo Best coleciona 347 mil seguidores no Instagram e Klebim 1,4 milhões. Segundo a polícia, além de lavar o dinheiro dos sorteios com a aquisição de veículos superesportivos, o influente passou a emprestar dinheiro para criminosos que praticam roubos e furtos. Os criminosos movimentaram R$ 20 milhões em dois anos, de acordo com a DRF.

O Ministério da Economia, responsável por regrar e fiscalizar loterias e jogos de azar no País, considera rifa prática ilegal, mesmo que o dinheiro seja utilizado parcialmente para caridade, a prática é considerada clandestina e irregular.

A legislação permite sorteios e rifas com venda de cotas apenas para instituições filantrópicas e mediante autorização especial – nesse caso, os sorteios devem ser realizados necessariamente via Loteria Federal. “a exploração de bingos, loterias e sorteios é atividade ilegal e constitui contravenção penal”, além de ser um “serviço público exclusivo da União”, conforme a Pasta.

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