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Brasília

Com férias escolares, Planetário tem alta demanda de visitantes

Logo na matinê, dezenas de moradores levaram suas crianças para acompanhar a programação especial de férias do Planetário

Redação Jornal de Brasília

19/07/2022 17h36

Atualizada 22/07/2022 16h12

Gabriel de Sousa
[email protected]

Com as férias estudantis em andamento, diversos espaços do Distrito Federal também podem, assim como as escolas, proporcionar uma mistura única de conhecimento e diversão para as crianças. Um dos locais mais procurados por brasilienses e turistas é o Planetário de Brasília Luiz Cruls, que disponibiliza uma programação especial para receber os seus visitantes neste mês de julho.

O calendário de férias do Planetário apresenta cinco sessões diárias entre as terças e os domingos, das 9h até às 21h. A entrada é gratuita e não é necessário realizar agendamentos, exceto no caso de passeios feitos por escolas. Na programação, são realizadas visitas guiadas, exibições de filmes e oficinas pedagógicas, que aproximam os frequentadores à apaixonante área da astronomia.

Na exposição, os visitantes irão ter acesso a conteúdos educativos voltados ao Sistema Solar; o Universo e a sua profundidade; a Agência Espacial Brasileira (AEB), as características dos meteoritos espaciais, dentre outros temas espalhados pelo prédio, localizado no Setor de Divulgação Cultural, ao lado do Estádio Mané Garrincha

Até o dia 31 de julho, cinco sessões diárias de filmes estarão disponíveis para os visitantes na cúpula do Planetário. Às 11h e às 17:30h será apresentado o longa “O segredo do foguete de papelão”, já às 14:30h e às 16h, será a vez de “Uma aventura no Planetário”.

Na última sessão diária, que acontece às 18h, os visitantes podem acompanhar dois filmes diferentes, dependendo da data em que forem visitar o Planetário. Nos dias ímpares, o longa em exibição será “Dois pedacinhos de vidro”, enquanto que “Origens da Vida” será apresentado nos dias pares.

A entrega dos ingressos começa meia hora antes do início de cada sessão no Planetário, e as crianças menores devem estar acompanhadas de um responsável, independentemente da classificação indicativa do filme. Os organizadores também alertam que o consumo de alimentos e bebidas dentro do espaço é proibido.

O Planetário é administrado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia (SECTI-DF), e foi inserido pela Secretaria de Turismo (SETUR/DF) nas rotas turísticas da capital federal, devido à sua importância e valor educativo. Em uma nota enviada para a equipe de reportagem do Jornal de Brasília, o secretário de Turismo William Almeida, observa que, nestas férias, as crianças podem desfrutar de experiências que não são apresentadas dentro das escolas.

“O Planetário de Brasília está presente em algumas das nossas rotas turísticas, criadas na gestão da minha amiga, ex-secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, como a Rota da Diversão e a Rota Cultural. Esse dispositivo turístico traz aos visitantes muito conhecimento e uma experiência diferenciada, aproximando o turista do universo e suas curiosidades. É um atrativo de grande importância, principalmente para os alunos, que podem vivenciar as explicações dos livros fora da sala de aula”, afirma o secretário.

Sessões lotam rapidamente

De acordo com os organizadores do Planetário de Brasília, a capacidade da cúpula do Planetário de Brasília é de, no máximo, 80 pessoas. Com a alta demanda de visitantes proporcionada pelas férias escolares, o espaço fica lotado rapidamente, gerando longas filas ao redor da entrada. De acordo com uma funcionária do local, é recomendável que os visitantes cheguem uma hora antes do início da sessão em que desejam acompanhar.

“A capacidade máxima da nossa cúpula é de 80 pessoas. A orientação que a gente dá é que vocês cheguem com uma hora de antecedência, porque o pessoal tá ficando nas sessões, mas mais pra frente o pessoal já está ficando nas filas aguardando. Como está nas férias, está lotando bastante”, diz a funcionária.

Em uma viagem de férias em Brasília, o casal de turistas paulistas Maurício e Lígia aproveitam o período para levarem os seus filhos em pontos turísticos e de lazer da capital federal. Porém, eles ainda não conseguiram visitar o Planetário até o momento em que esta reportagem foi elaborada.

Maurício, que é servidor da Universidade de São Paulo (USP), conta que está no Distrito Federal para visitar seus familiares, e que tentou levar suas crianças para as sessões em três ocasiões, mas não conseguiu vagas para entrar na cúpula. Em uma das tentativas, o casal foi ao Planetário nesta última segunda-feira (18), mas o prédio não funciona neste dia da semana.

Já neste último domingo (17) e na manhã desta terça-feira (19), o paulistano não entrou no espaço devido à lotação das filas. “Está difícil de vir aqui, viu? É a terceira vez que a gente vem para cá, é muita gente. A gente chegou agora há meia hora e já não tem mais vaga.”, conta.

Os turistas ficam em Brasília até esta quinta-feira (21), e não sabem se pretendem tentar assistir a uma sessão em uma quarta tentativa. Lígia, que é professora da Prefeitura de São Paulo, compara o planetário brasiliense com o que existe na capital paulista, e diz que por lá, o acesso de visitantes é bem mais fácil.

“Em São Paulo, vamos supor que abre uma sessão às 14 horas. Você retira o ticket e volta, porque não dá para uma senhora ficar uma hora na fila para entrar no Planetário. […] Lá é bem maior, mas assim, a gente quer usufruir de tudo que tem na cidade”, observa a professora.

Outra profissional da educação que tentou levar suas filhas para visitar o Planetário foi Ediulane Marques, que trabalha como professora da rede pública de ensino do DF em Ceilândia. Aproveitando que, tanto ela como as suas duas crianças estão em férias escolares, a moradora tentou acompanhar a mesma sessão que o casal de turistas, mas também não conseguiu entrar por conta da lotação.

Seria a primeira vez em que as crianças iriam conhecer o Planetário de Brasília, mas, de acordo com a mãe, a experiência virá em uma oportunidade futura. Segundo Marques, a visita das crianças ao espaço pode ser importante para ampliar o aprendizado dos pequenos sobre a imensidão da astronomia. “Levei aqui exatamente para elas conhecerem, porque elas não têm noção, então era para elas começarem a entender. Eu acredito que qualquer atividade que una o lúdico, o conhecimento, vale a pena”, conta a professora.

Quem conseguiu entrar, não se esquecerá

Seguindo a recomendação dos funcionários do Planetário e chegando uma hora e meia antes do início da sessão em que gostaria de participar, a servidora pública Lúcia Ramos conseguiu levar o seu filho Nicolas, de 8 anos, para passear e conhecer mais sobre as curiosidades do espaço sideral.

Foi a primeira vez que os dois visitaram o Planetário de Brasília, e a experiência foi “apaixonante e inesquecível” para o garoto. Não é por menos, já que Nicolas é apaixonado por foguetes e estrelas segundo a sua mãe: “Ele só gosta de roupinha de foguete e de astronautas. Ele fica falando na escola dele que ele quer ser astronauta quando estiver maiorzinho”.

“A gente aproveita as férias escolares, porque nem eu e nem o meu esposo temos esse tempo todo de poder sair cedo e poder levar ele para aproveitar um momento de descanso. Nesse tempo de pandemia, eu deixei ele muito preso dentro de casa, então eu e meu marido estamos tentando levar ele para se divertir nos lugares da cidade, até as aulas voltarem”, afirma a servidora pública.

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