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Brasília

Chorume do antigo Lixão da Estrutural é tratado

Atualmente, a URE recebe apenas resíduos da construção civil, que são considerados inertes, já que não geram gás nem chorume

Redação Jornal de Brasília

17/11/2023 15h14

Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Desde junho de 2023, um novo serviço está sendo executado visando à recuperação ambiental da área do antigo Lixão da Estrutural, encerrado em 2018, onde funciona atualmente a Unidade de Recebimento de Entulhos (URE). Cerca de 100 mil litros de chorume remanescente têm sido transportados diariamente para a Estação de Tratamento do Aterro Sanitário de Brasília (ASB).

“Por meio da contratação pelo SLU do serviço de sucção por bombeamento de chorume na URE e transporte e descarte em lagoa de acumulação do Aterro Sanitário, a intenção é diminuir a contaminação na área do antigo Lixão, até que seja contratada empresa especializada na elaboração dos estudos de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC) para dar início à recuperação do local e desativar todas operações nesta área”, explicou o servidor do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e gerente da URE, Gustavo Oliveira.

Atualmente, a URE recebe apenas resíduos da construção civil, que são considerados inertes, já que não geram gás nem chorume. Apesar disso, de acordo com Gustavo Oliveira, o SLU atua diariamente para reduzir os impactos deixados pelo funcionamento do antigo lixão.

“Para garantir a qualidade das águas superficiais e reduzir a contaminação do solo e águas subterrâneas, nós realizamos o monitoramento, a coleta, o transporte, o armazenamento e o tratamento do chorume. Além disso, o SLU acompanha a qualidade das águas superficiais de diferentes córregos, realizando análises laboratoriais periódicas por amostragem, previstas em contrato. Por meio de vistorias em campo, também é feito monitoramento dos drenos que queimam os gases gerados”, destacou o gerente da URE

Novos planos

A URE conta com o apoio de uma empresa especializada que promove estudos de monitoramento, além de manutenção e prevenção de riscos da área. Também atua no local o corpo técnico do SLU, formado por engenheiros civis, ambientais e de trabalho, além de biólogos.

Estudos do SLU preveem a vida útil remanescente da unidade em cinco anos, contados a partir de abril de 2022. Enquanto a URE segue em funcionamento dentro dessa perspectiva de vida útil, já está em andamento no SLU uma licitação para a contratação de estudos de novas áreas com vistas à instalação de um aterro para receber resíduos da construção civil (RCC). Após esse contrato, será dado sinal verde para implantação, operação e manutenção da nova área.

Reaproveitamento

A nova área vai permitir também ampliar o reaproveitamento desse tipo de material. Hoje existe instalado um britador na URE que permite transformar diversos materiais recebidos em subprodutos da construção, como areia, rachão e brita.

“O local ainda tem capacidade de funcionamento por até quatro anos mas, nós do SLU, queremos, antes disso, fechar essa unidade e entregar uma nova área totalmente adequada para esse tipo de operação, cumprindo todos os requisitos legais e ambientais”, adianta o diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira.

A URE recebe mensalmente mais de 123 mil toneladas de resíduos da construção civil. Parte desse material é utilizada para melhorar a trafegabilidade dentro da própria URE, enquanto outra parte é doada a entidades públicas, especialmente administrações regionais, para ser utilizada em obras como pavimentação de vias e melhoria de ramais.

As informações são da Agência Brasília

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