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Brasília

Às vésperas do Dia de Finados, placas de túmulos são furtadas no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul

Família reclama da falta de segurança na Ala dos Pioneiros. Empresa diz que reforçou segurança no local

Redação Jornal de Brasília

26/10/2022 18h23

Foto: Agência Brasil

Marcos Nailton
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Familiares e parentes de pessoas enterradas no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, estão revoltados devido a furtos de placas de identificação de sepulturas no local. Os crimes ocorrem em diferentes pontos, geralmente à noite, inclusive na Ala dos Pioneiros, espaço onde ficam as pessoas que vieram morar na capital. Famílias cobram reforço na segurança do local.

O educador físico, Kwame de Mello, de 53 anos, disse ao Jornal de Brasília que visita mensalmente o túmulo onde estão os restos mortais de seu pai, o pioneiro Willy Bezerra de Mello, e da irmã Mali Garcia Bezerra de Mello. Ele conta que na segunda-feira (24), encontrou o túmulo sem a placa de identificação.

“Conversei com as pessoas que cuidam e fazem a manutenção, e eles falaram que no fim de semana tinham furtado quase que a Alas dos Pioneiros toda, e outras áreas próximas. Me disseram que na sexta-feira estava tudo certo lá, provavelmente aconteceu no sábado ou no domingo”, relata.

Kwane diz que se decepcionou com a cena, além de destacar a falta de segurança no cemitério. “Fiquei chateado cara, com esse sentimento de ter um bem subtraído, mas também não chega a ser um sentimento de impotência. A expressão que a gente usa, a última morada, nem alí a pessoa consegue ter paz”, lamenta.

O educador físico foi até a administração do cemitério prestar queixa, mas foi informado pela gerência que eles não faziam reposição gratuita, tendo que pagar um valor de R$267. Além disso, Kwame registrou um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). “Agora é repor, esperar o prazo pra confeccionar e mentalizar para que isso não aconteça mais”, finaliza Kwame de Mello.

Segurança e serviços

Em nota, a Administração do Campo da Esperança informou que reforçou a segurança no cemitério da Asa Sul. A concessionária acrescentou que furtos de placas de identificação de sepulturas são ocasionalmente registrados, que promove rondas no espaço 24h por dia e que mantém um sistema de monitoramento por vídeo.

“A vigilância é feita 24 horas por dia e os profissionais fazem rondas pelos campos em carros e motos. No último mês, a concessionária reforçou a vigilância ao contratar uma empresa de vigilância especializada que atua com seguranças armados. Até então, os vigilantes atuavam desarmados”, destacou a administração.

As peças de identificação de bronze são mais visadas nos furtos, para serem derretidas e revendidas. Atualmente, as peças produzidas pela concessionária são de outro material para evitar os crimes.

A empresa destacou, ainda, a importância do registro do crime junto às autoridades policiais. “A concessionária repõe, sem custos adicionais, as plaquetas furtadas das sepulturas com contrato de manutenção vigente. As famílias lesadas devem registrar a ocorrência na administração do cemitério, para que as providências sejam tomadas”, completou.

O serviço de manutenção custa R$ 77,50 por mês. Caso opte pelo plano anual, há desconto de 10%, e a parcela única custa R$ 832,57.

“O valor das placas de identificação, assim como de todos os serviços cemiteriais, são reajustados de acordo com a inflação do ano anterior, conforme acordado em contrato de concessão estabelecido em 2002. Os preços são aprovados e publicados pela Secretaria de Justiça. Não há previsão para redução. A compra da peça produzida pela Campo da Esperança Serviços é opcional”, finalizou a empresa.

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