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Brasília

Acesso de pessoas ao TRT é alterado por conta de reformas em fachada

Em conjunto com os Bombeiros, a Defesa Civil realizou uma vistoria e alertou sobre riscos estruturais na marquise no TRT da 10º Região

Redação Jornal de Brasília

14/06/2022 17h54

Foto: Gabriel de Sousa / Jornal de Brasília

Gabriel de Sousa
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Os brasilienses que se dirigiram, nesta terça-feira (14), para a sede do Tribunal Regional do Trabalho da 10º Região, tiveram um grande imprevisto ao chegarem na entrada do prédio. Na fachada do órgão, fitas de sinalização e placas indicativas contornam as reparações feitas por operários, que obedecem às demandas de reforço estrutural feitos pela Defesa Civil do Distrito Federal.

Os que desejavam entrar pela portaria principal, logo eram informados pelas placas improvisadas em papel A4, ou por funcionários do Tribunal, que indicavam que o acesso se daria exclusivamente pela portaria do Anexo I, à esquerda de quem chegava à fachada em reforma.

De acordo com uma vistoria técnica feita pela Defesa Civil em conjunto com o Corpo de Bombeiros Militares do Distrito Federal (CBMDF), vários alertas de irregularidades na área externa do prédio, que fica no Setor de Autarquias Sul, foram protocolados.

Entre eles, foram citados uma perda de aderência (ou desplacamento) dos elementos de revestimento nas extremidades e rebaixamento de pontos das marquises da fachada. Além disso, os órgãos de segurança notificaram uma pequena perda de reboco, com exposição de ferragem na área da garagem do TRT.

Em uma nota enviada para a equipe de reportagem do Jornal de Brasília, a Defesa Civil informou que não há risco iminente de colapso estrutural da estrutura da marquise. O órgão informou também que algum especialista deverá indicar as condições das estruturas, além de indicar as reparações necessárias: “Foi requerida ainda, a apresentação de um laudo técnico, produzido por profissional ou empresa especializada, para indicar tanto as condições estruturais, quanto as medidas corretivas que serão adotadas”.

Na manhã desta terça-feira (14), operários se empenharam na colocação de tapumes nos pontos que apresentaram problemas. O trabalho começou a ser realizado na última sexta-feira (10). De acordo com um dos trabalhadores, que não quis se identificar para a nossa equipe de reportagem, o serviço de implantação dos revestimentos, que inicialmente seria feito em doze dias úteis, acabaria sendo finalizado em seis.

Em contato com a nossa equipe de reportagem, o TRT da 10º Região disse não haver um prazo estipulado para o término de todas as obras solicitadas pela Defesa Civil e o fim do isolamento da portaria principal do prédio.

Presidência diz que analisa mudança para nova sede

Em uma nota assinada pela presidência do TRT da 10º Região, na qual o JBr teve acesso, a situação da entrada principal do prédio está “sob as análises devidas” do Tribunal, que citou também um possível deslocamento futuro para outra sede “em razão das dificuldades que envolvem obra de recuperação da atual”.

O texto informou também que o órgão de segurança não interditou o prédio, que continua funcionando de forma regular. “Reiterando, a Defesa Civil não interditou o prédio, que não tem risco apontado de colapso, mas apenas determinou o acautelamento e isolamento da área debaixo das marquises”, afirma a presidência do TRT-10.

Segundo a administração do TRT, a fim de aumentar a segurança dos servidores e dos usuários do prédio, a Polícia Judiciária efetivou um reforço das rondas e de manutenção de pessoal da segurança próximo à fachada em reforma. O Tribunal ainda informou que solicitou um aumento do policiamento militar ao redor da área.

Moradores relatam dúvidas para entrar

Vindo de Águas Lindas de Goiás, Nilson Sirqueira, de 45 anos, pegou um ônibus para chegar ao TRT-10 antes do horário de início dos atendimentos presenciais. O morador acompanhava a sua filha Vitória Costa, de 15 anos, que necessitava resolver pendências relacionadas com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) da jovem, que está com erros.

O morador relatou estar com dúvidas para a entrada no TRT-10, e logo foi orientado por nossa equipe de reportagem que a nova entrada era à esquerda da fachada principal que está em reformas. Segundo Nilson, os prédios públicos devem ter mais segurança, citando os impostos pagos pela população à administração pública. “É… tem que arrumar mais né? Ter mais manutenção, porque a gente paga tanta coisa cara”, conta.

Outra visitante que acabou se confundindo na entrada ao prédio foi Ana Beatriz, de 33 anos, que mora no Núcleo Bandeirante e foi ao TRT-10 para consultar um processo trabalhista que está em andamento no órgão. Segundo a moradora, ao ver as reformas do lado de fora, a primeira impressão foi que o Tribunal não estava em um dia de funcionamento.

“Quando eu vi de cara, pensei que tinham interditado ou algo do tipo, aí que um rapaz me mostrou o papel onde estava escrito que a entrada é em outro anexo. Para mim, não mudou muita coisa, só mesmo que eu tive que deixar o meu carro estacionado perto da Biblioteca [Nacional] para ir resolver minhas coisas”, conta a moradora.

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