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Concursando Direito
Concursando Direito

Mesmo sem expectativa a experiência faz falta

Cada prova que eu fiz cometi algum erro que serviu para chegar ao final aprovado. Cada experiência foi moldando a forma com que eu me preparava e me portava nas provas.

Werner Rech

19/02/2021 11h45

Experiência

O primeiro concurso que eu fiz foi para técnico judiciário de um tribunal regional do trabalho. Não tinha muitas expectativas e, mesmo sem nem mesmo visualizar mentalmente como seria, foi uma das piores experiências que eu tive.

Eu me senti um aluno no primeiro dia de aula, numa escola nova. Vi algumas pessoas conversando nos corredores, como se já se conhecessem do cursinho ou já haviam se encontrado em tantos concurso que já eram amigos. Eu nem mesmo havia feito um cursinho. Logo, todos que estavam ali eram completos estranhos.

Como foi a primeira experiência

Olhei a grande lista de nomes e salas dos  candidatos por muitos minutos até encontrar o meu nome. Mesmo sendo por ordem alfabética eu não fazia ideia de quantos candidatos tinham nomes com a mesma inicial que o meu.

Depois de encontrar meu nome foi a hora de encontrar a sala. Demorei mais alguns bons minutos. Fui logo entrando na sala, mesmo estando com vontade de ir ao banheiro, sem saber que após os trâmites de admissão na sala não poderia mais sair até que a prova começasse a ser aplicada.

Antes de serem entregues os cadernos de prova foi a vez de ter que usar uns 3 sacos para itens não permitidos,  pois sempre que eu selava um lembrava que tinha mais um item para guardar. Já estava notando a chacota ao redor pelos repetidos pedidos ao fiscal para guardar mais um item.

Depois foi a vez de olhar ao redor e ver que a maioria tinha uma garrafa d’água e algo para comer. Mais um erro pra conta.

Falando nisso, caso queira saber o maior erro que cometi nos concursos, fiz um vídeo no Canal Defensolândia sobre isso:

Ao iniciar as provas já fui logo pedindo para ir ao banheiro antes que o mico ficasse maior ainda e eu acabasse interditando a sala por ter feito xixi nas calças. Quando finalmente voltei e abri o caderno para ler as questões já tinha passado mais de 20 minutos de prova.

Li todas as questões antes de começar a responder a prova. Ao terminar me dei conta que todas as questões eram muito difíceis, ou melhor, entendi que eu não havia estudado o suficiente. Respondi como deu e parti para o caderno de respostas, pois o tempo já estava se esgotando. Cometi alguns erros ao passar a limpo o gabarito e entreguei 2 minutos antes do encerramento da prova.

Saindo da prova eu vi muitas pessoas comentando repostas que eu sabia ter respondido de forma diferente. Foi mais um golpe na minha abalada confiança.

O resultado

Nem preciso dizer que não fui aprovado, mas aprendi muito sobre o poder da experiência. Fiquei desanimado por alguns dias e até achei que os concursos públicos não eram pra mim.

Depois repensei e entendi que na verdade eu estava sendo muito exigente comigo mesmo. Afinal de contas era a minha primeira prova de concurso.

Cada prova que eu fiz cometi algum erro que serviu para chegar ao final aprovado. Cada experiência foi moldando a forma com que eu me preparava e me portava nas provas. Sem elas eu teria sido apenas mais um que desistiu no meio do caminho.

Essas experiências já geraram alguns textos por aqui. Exemplo disso são: “Nem tudo que balança cai. Nem tudo que reluz é ouro“; “Segunda-feira eu começo“, e; “Como estudar jurisprudência?“.

Por isso eu acredito que toda experiência, boa ou ruim, é sempre válida. Vamos se jogar de cabeça nos nossos objetivos e ter a maior quantidade de experiência possíveis, para assombrar o examinador!


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