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Variante delta avança no país e Flamengo quer jogo com público no DF

OMS e especialistas alertam para alto poder de transmissibilidade da cepa, que ainda não circula no DF, mas já foi detectada no RJ

Catarina Lima

13/07/2021 17h40

Mané Garrincha

Mané Garrincha

O governo do Distrito Federal deverá decidir nos próximos dias sobre a realização, no Mané Garrincha, do jogo Flamengo e Defensa Y Justicia, da Argentina, pelas oitavas de final da Libertadores. A partida está marcada para o dia 21 de julho, próxima quarta-feira. Na contramão da realização de jogos com público estão os profissionais de saúde que acompanham com apreensão o espalhamento da variante delta do coronavírus pelo mundo. No DF, a cepa ainda não foi detectada, mas tanto no Rio de Janeiro, sede do clube rubro-negro, quanto na Argentina, país do Defensa Y Justicia, a delta já circula. “Apesar da vacinação, temos essas novas variantes, não dá para descuidar”, disse o doutor em saúde pública e professor da Universidade de Brasília, Marcos Takashi.

O professor Marcos Takashi alertou que ainda é muito importante manter o distanciamento, evitar aglomerações e cuidar da higiene. Takashi alertou para o alto poder de transmissibilidade da variante delta. “O que foi observado é que cepa tem um poder maior de transmissibilidade”, alertou. O professor lembrou, ainda, que embora parte da população do DF tenha tomado a primeira dose e outro grupo tenha recebido a segunda, ainda não dá para relaxar com os cuidados. A situação no DF com relação à vacinação até o dia ontem era a seguinte: do público alvo, com mais de 18 anos, 48,29% foram vacinados com a primeira dose; 17,41% tomaram a segunda dose; e 13,17% foram vacinados com imunizante de dose única.

A solicitação para que a partida aconteça no DF foi feita pela diretoria do Flamengo. De acordo com protocolo divulgado pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), a recomendação é que apenas pessoas 100% imunizadas, ou que apresentem PCR negativo, realizado até 48 horas antes do jogo, possam entrar nos estádios. A recomendação vale para partidas da Libertadores e da Copa Sul-americana.

A secretária de Esportes e Lazer do Distrito Federal, Giselle Ferreira de Oliveira, disse que está disposta a ouvir qualquer proposta que chegue à sua secretaria. Embora garanta que não ter recebido nenhuma proposta, destacou: “é hora de a gente acreditar que o esporte é transformador, a gente sabe como o esporte faz a diferença na vida das pessoas. É disciplina, é saúde”, frisou.

Já o chefe da Casa Civil do governo do Distrito Federal, Gustavo Rocha, informou, em entrevista coletiva realizada na última terça-feira, dia 12, que o GDF recebeu a solicitação e que a mesma está em estudo. Rocha disse estar aguardando os relatórios das secretarias envolvidas. Os pareceres serão enviados ao governador Ibaneis Rocha que decidirá sobre a realização da partida.

Thedos Adhanom

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Thedos Adhanom, disse na última segunda-feira, dia 11, que a variante delta em breve será predominante no mundo. “A variante está agora em mais de 104 países e esperamos que em breve seja a cepa do coronavírus dominante em circulação mundial”, disse o diretor da OMS. Até o último domingo foram registrados 20 casos da variante delta no Brasil, sendo sete no Paraná, seis no Maranhão, três no Rio de Janeiro, dois em Goiás, um em Minas Gerais e um em São Paulo.

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