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Torcida

Neo Química Arena é última fortaleza para o São Paulo derrubar

A equipe tricolor não apenas carrega o incômodo tabu de nunca ter vencido na casa corintiana como também coleciona episódios negativos

FolhaPress

21/05/2022 11h44

Brunno Carvalho
São Paulo, SP

A Neo Química Arena é um local hostil para o São Paulo. A equipe tricolor não apenas carrega o incômodo tabu de nunca ter vencido na casa corintiana, inaugurada em 2014, como também coleciona episódios negativos que deixaram marcas. O mais emblemático deles é lembrado até os dias de hoje em faixas de torcedores alvinegros: a goleada por 6 a 1, em 2015.

O fraco desempenho na casa do rival faz com que o assunto tome a semana são-paulina em toda véspera de clássico na Neo Química Arena. Foi assim na última quinta-feira (19), quando o São Paulo venceu o Jorge Wilstermann e garantiu classificação às oitavas de final da Copa Sul-Americana. O tema das coletivas de Rogério Ceni e Patrick, contudo, foi basicamente o “Majestoso”.

Corinthians e São Paulo se enfrentam neste domingo (22), às 16h (de Brasília), na casa corintiana, pelo Brasileirão. Uma vitória no estádio alvinegro representaria o capítulo final de uma sequência de fortalezas derrubadas pelo time tricolor nos últimos anos.

“São raros os times do Brasileiro que têm uma campanha melhor fora de casa do que em casa. Corinthians ganhou todos os jogos na Arena nesse campeonato. Tem lugares que são difíceis de jogar, mas não existem vitórias impossíveis. Isso não existe. Lugares difíceis, hostis, existem, mas nenhuma vitória é impossível”, disse Ceni, em entrevista coletiva na quinta-feira.

Os dois times se enfrentaram 15 vezes na Neo Química Arena. O Corinthians venceu dez jogos e empatou outros cinco. Além do já citado 6 a 1, outros dois jogos recentes foram marcantes no clássico. Na semifinal do Paulistão de 2018, Rodriguinho marcou nos acréscimos o gol da vitória por 1 a 0 que levou o jogo para os pênaltis. Cássio defendeu duas cobranças e garantiu o time alvinegro na final.

No ano seguinte, as duas equipes se enfrentaram na decisão do torneio. Depois de um empate sem gols no Morumbi, o 2 a 1 na Neo Química Arena deu a taça ao Corinthians e manteve o jejum de títulos são-paulino.

O São Paulo vivia tabu semelhante com o Palmeiras. O Allianz Parque também foi inaugurado em 2014 e demorou para ver o time tricolor sair como vencedor. A primeira vez aconteceu apenas no Brasileirão de 2020, quando Reinaldo e Vitor Bueno garantiram a vitória por 2 a 0.

Desde que o tabu foi quebrado, o São Paulo passou a ter um retrospecto satisfatório na casa do rival. Foram duas vitórias, um empate e duas derrotas depois que a incômoda marca foi interrompida. A última ida lá, contudo, não deixou boas lembranças: goleada sofrida por 4 a 0 e a perda do título do Paulistão.

Mais ao sul do país, a vida do São Paulo costumava ser ainda mais difícil. A equipe ficou 36 anos sem conseguir vencer as partidas em que o Athletico era mandante. O período incluiu a Arena da Baixada, construída em 1999.

O tabu permaneceu mesmo com as duas equipes fazendo a final da Libertadores de 2005. Naquela ocasião, o Athletico precisou levar o jogo para o Beira-Rio, mas segurou um empate por 1 a 1. Na volta, porém, foi derrotado por 4 a 0 e viu o São Paulo ficar com a taça continental.

A derrubada da fortaleza paranaense aconteceu no Brasileirão de 2018 e iniciou um período positivo para o São Paulo. Desde então, as equipes se enfrentam por três vezes, com duas vitórias do Tricolor e um empate.

São Paulo derrubou 12 anos de jejuns somados

As dificuldades contra Athletico, Corinthians e Palmeiras pesavam sobre o São Paulo, principalmente, por representarem a busca por uma vitória inédita em estádios novos. Nos últimos anos, contudo, outros dois jejuns incomodaram os torcedores são-paulinos, contra Inter e Santos.

A rivalidade com o Inter se intensificou no início da década com as duas equipes disputando a Libertadores de 2006. Para o São Paulo, além da perda da taça naquela ocasião, o jejum que se iniciou nos anos seguintes fez com que a pressão de jogar no Beira-Rio aumentasse cada vez mais.

Foram sete anos sem que o São Paulo conseguisse três pontos na casa colorada: de 2014 a 2021. A derrubada do tabu surgiu justamente no pior momento da equipe tricolor no Brasileirão do ano passado.

Comandado por Hernán Crespo, o time chegava para a décima rodada da competição ainda em busca da primeira vitória e na zona de rebaixamento. Em uma das melhores atuações com o técnico argentino, o São Paulo deixou o Beira-Rio com a vitória por 2 a 0, com direito a um golaço de voleio de Igor Gomes.

Foi de maneira consistente que o São Paulo também encerrou o jejum na Vila Belmiro. Entre 2017 e 2021, o Tricolor enfrentou o Santos seis vezes, sendo derrotado em três e empatando outras três.

A primeira vitória veio apenas quando o jejum já completava cinco anos. Na fase de grupos do Paulistão deste ano, o São Paulo dominou o Santos e deixou a Vila Belmiro com uma vitória por 3 a 0, gols de Eder, Rodrigo Nestor e Eduardo Bauermann, contra.

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