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Política & Poder

Sem se esquivar, Barra Torres diz que não concorda com “imunidade de rebanho”

Presidente da Anvisa é ouvido pela CPI da Covid nesta terça (11)

Willian Matos

11/05/2021 13h20

Foto: Reprodução/TV Brasil

O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, foi objetivo ao responder sobre imunidade de rebanho, teoria não comprovada para combater a pandemia de covid-19. Perguntado se concorda com a imunidade, Barra Torres disse apenas que não.

O presidente é ouvido pela CPI da Covid nesta terça-feira (11). Diferentemente do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do ex-ministro da Saúde Nelson Teich, ouvidos na semana passada, Barra Torres tem respondido objetivamente as perguntas feitas pelos senadores.

O senador Humberto Costa (PT-PE) tomou a palavra por volta de 13h. Uma das primeiras perguntas foi: “A estratégia do presidente da República e do seu governo, desde o início, é disseminar a covid-19 na expectativa de conseguir que 70% — ele fala esse número cabalístico — da população seja contaminada e com isso, se estabeleça a chamada imunidade natural, coletiva ou de rebanho. Isso para min é a tese do governo. O governo expôs o povo brasileiro à doença e a à morte cometendo um crime de dolo eventual. O senhor concorda com a ideia da imunidade de rebanho?”. Barra Torres respondeu: “Não”.

Diante da resposta, Humberto Costa aproveitou para reforçar que gostaria de que o ministro Marcelo Queiroga fosse novamente convocado. Alguns senadores entendem que Queiroga se esquivou das perguntas, respondendo diversas vezes que não faria “juízo de valor” a partir das falas do presidente.

Outras respostas

O presidente da Anvisa se mostrou contrário a Bolsonaro em outras respostas. Perguntado, por exemplo, sobre qual o impacto das declarações de Bolsonaro que condenam a vacinação contra a covid-19, Barra Torres respondeu que o posicionamento “vai contra tudo que nós temos preconizado em todas as manifestações públicas”.

Barra Torres disse ainda que o povo brasileiro não deve se guiar por falas como as de Bolsonaro. “Eu penso que a população não deva se orientar por condutas dessa maneira. Ela deve se orientar por aquilo que está sendo preconizado, principalmente pelos órgãos que têm linha de frente no enfrentamento da doença.”

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