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Política & Poder

Saiba quem ex-presidentes apoiam no 2º turno da disputa presidencial

Com a proximidade do segundo turno da eleição, a maioria dos ex-presidentes do Brasil passou a se posicionar entre apoios

FolhaPress

18/10/2022 9h10

Foto: AFP

CÉZAR FEITOZA
BRASÍLIA, DF

Com a proximidade do segundo turno da eleição, a maioria dos ex-presidentes do Brasil passou a se posicionar entre apoios à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) ou a volta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto.

Dilma Rousseff (PT), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Fernando Collor (PTB) anunciaram publicamente suas preferências. Já Michel Temer (MDB) e José Sarney (MDB) não manifestaram apoio no segundo turno da disputa presidencial.

A manifestação de personalidades públicas passou a ser um dos focos das campanhas de Lula e Bolsonaro, que tentam se aproximar de governadores, economistas e artistas para conquistar o voto de eleitores indecisos.

Confira quem os últimos cinco ex-presidentes apoiam no segundo turno da disputa presidencial:

  • MICHEL TEMER

O ex-presidente Michel Temer, 82, decidiu adotar neutralidade na disputa entre Lula e Bolsonaro após circularem notícias de que ele poderia apoiar a reeleição do candidato do PL.

Em nota, Temer disse que aplaudirá a “candidatura que defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição, promover a pacificação, mantiver as reformas já realizadas no meu governo e propuser ao Congresso Nacional as reformas que já estão na agenda do país”.

Aliados do ex-presidente dizem que Temer não apoia Bolsonaro por divergência entre as pautas do presidente e a de familiares mais progressistas do emedebista. Apesar disso, ele não se aproximou de Lula, que já o chamou de “golpista” em um debate.

  • DILMA ROUSSEFF

Aliada e sucessora de Lula, a ex-presidente Dilma Rousseff, 74, atua diretamente na campanha do petista. A exposição dela na disputa presidencial ganhou força por decisão do próprio Lula, após alas do PT defenderem que Dilma não tivesse posição de destaque.

O temor de aliados de Lula era que a presença de Dilma trouxesse para a campanha a rejeição da petista devido à crise político-econômica que resultou no impeachment em 2016.

Dilma, no entanto, tem participado ativamente de eventos organizados pelo PT em diversas cidades nas últimas semanas, como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba e Ipatinga.

  • FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Três dias após o primeiro turno, Fernando Henrique Cardoso, 91, anunciou publicamente o apoio a Lula na reta final da disputa presidencial.

O ex-presidente publicou nas redes sociais fotos de dois momentos com Lula: uma antiga, em preto e branco, e outra recente. “Neste segundo turno voto por uma história de luta pela democracia e inclusão social”, escreveu.

FHC vinha sendo cortejado pelos petistas desde o primeiro turno para anunciar apoio a Lula e ajudar na construção de uma frente ampla contra Bolsonaro. O ex-presidente, no entanto, só tomou a decisão após o resultado das urnas no dia 2 de outubro.

  • FERNANDO COLLOR

O senador e ex-presidente Fernando Collor, 73, é aliado de Bolsonaro e liderou o palanque do presidente em Alagoas durante sua campanha para o governo do estado.

“Meu compromisso é por uma Alagoas forte, desenvolvida, avançada, com respeito a Deus, à pátria, à família, às cores da nossa bandeira e à liberdade”, disse Collor na campanha, repetindo mantras do bolsonarismo. Apesar do esforço, Collor ficou em terceiro lugar na disputa, com 14,7% dos votos.

Filiado ao PTB de Roberto Jefferson, Collor participou de eventos oficiais com Bolsonaro e integrou a base do governo no Senado durante toda a gestão do presidente.

  • JOSÉ SARNEY

O emedebista José Sarney, 92, anunciou no primeiro turno apoio à candidata do partido, Simone Tebet.

Com a derrota da aliada, o ex-presidente se mantém em silêncio sobre a posição na disputa presidencial, mas dá sinais de proximidade com Lula.

Sarney e Lula estiveram juntos em diferentes ocasiões nos últimos dois anos para discutir um possível apoio do MDB ao petista. A articulação aprofundou o racha do partido e quase inviabilizou a candidatura de Tebet, que anunciou apoio a Lula no segundo turno.

Sarney foi presidente do Senado por três vezes -duas delas durante governos petistas. No Maranhão, Lula apoiou a candidatura de Roseana Sarney, filha de José, a deputada federal.

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