Durante sessão da CPI da Pandemia nesta quinta-feira (16), o depoente, ex-governador do Rio Wilson Witzel; o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ); e o relator Renan Calheiros (MDB-AL) trocaram ofensas.
Wilson Witzel falava sobre seu impeachment, ocorrido em abril deste ano, quando Flávio Bolsonaro interrompeu pedindo apuração das falas do ex-governador. O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), relembrou que Witzel pode solicitar que o depoimento seja reservado. “Vamos dar transparência a esta CPI”, rebateu Flávio.
O senador Humberto Costa (PT-PE) acusou Flávio Bolsonaro de atrapalhar a sessão ao fazer transmissões ao vivo durante o depoimento.
Renan Calheiros, então, perguntou a Witzel se ele gostaria de depor sem a presença de Flávio, que interrompeu novamente: “Nossa, quanto carinho. Que diferença, hein, relator?! Trate assim todo mundo”. Renan pediu para não ser interrompido. “Seu pai [Jair Bolsonaro] parece que não lhe deu educação.”
Witzel não se opôs à presença do filho de Bolsonaro. “A minha questão aqui não é pessoal”, declarou. “Que lindo discurso”, rebateu Flávio Bolsonaro, ironicamente. “Se o senhor fosse um pouquinho mais educado e menos mimado, teria respeito pelo que eu estou falando”, treplicou o ex-governador.
Após um bate-boca, o ex-governador atacou: “Pode ficar tranquilo, que eu não sou porteiro. Não vai me intimidar, não”, disse Witzel, em referência à polêmica envolvendo a família Bolsonaro e um porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde os membros moravam.