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Política & Poder

Pfizer apresentou, em outubro, caixa que poderia armazenar doses de vacina

Governo chegou a alegar que a compra das vacinas da Pfizer seria inviável devido à baixa temperatura de armazenamento. A caixa, no entanto, poderia resolver o problema

Willian Matos

13/05/2021 11h57

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, disse nesta quinta-feira (13) que, além de ter oferecido 70 milhões de doses de vacina contra a covid-19 ao Brasil em agosto de 2020, ofereceu também uma caixa para armazenamento correto do imunizante. O governo federal havia declarado anteriormente que um dos entraves para comprar a vacina da Pfizer era a questão das baixas temperaturas para armazená-las.

Perguntado na CPI da Covid sobre a questão da logística das vacinas, que precisam ser armazenadas e transportadas em temperaturas baixas, Murillo disse: “Nós apresentamos no final de outubro [de 2020] a caixa que permitia o armazenamento de nossa vacina, nessa caixa, em até 15 dias com troca de gelo seco”.

Caixa a qual o gerente-geral se refere. Foto: Divulgação/Pfizer

O gerente também afirmou que, em agosto do ano passado, ofereceu 70 milhões de doses da vacina para o Brasil. O governo brasileiro, no entanto, sequer respondeu. Caso o Executivo tivesse aceitado a oferta, o Brasil poderia ter 18,5 milhões de doses da Pfizer até o segundo trimestre de 2021. Depois, o Brasil decidiu comprar, mas vai ter apenas 14 milhões no mesmo período.

Vacinas foram oferecidas em maio

Também na CPI, Murillo relembrou que o primeiro contato da Pfizer com o governo brasileiro para oferecer vacinas foi feito em maio do ano passado. Em agosto, a empresa atualizou a oferta, oferecendo 70 milhões de doses. O gerente-geral afirmou que o Brasil não rejeitou, mas também não aceitou comprar a vacina. Ele explicou que seguiu um protocolo de esperar 15 dias para resposta, e que o governo brasileiro não se manifestou após o período.

Segundo Murillo, as entregas ocorreriam no final de 2020 e começo de 2021. Pelo menos 1,5 milhão de vacinas poderiam ter sido entregues ainda no ano passado, disse o gerente-geral. Veja o cronograma referente ao lote de 70 milhões:

  • 1,5 milhão de doses seriam entregues em dezembro de 2020;
  • 3 milhões de doses no primeiro trimestre de 2021;
  • 14 milhões de doses no segundo trimestre de 2021;
  • 26,5 milhões de doses terceiro trimestre de 2021;
  • 25 milhões de doses quarto trimestre de 2021.

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