O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello culpou a empresa fornecedora de oxigênio hospitalar e a Secretaria de Saúde do Amazonas pela falta de oxigênio em Manaus-AM no início do ano que acarretou em milhares de mortes por covid-19. Pazuello não atribui o colapso ao Ministério da Saúde.
Perguntado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) a quem deve se atribuir a culpa do problema, Pazuello eximiu o Ministério da Saúde. “A empresa White Martins, que é a grande fornecedora, somada à produção da Carboxi, que é uma empresa menor, vinha consumindo sua reserva estratégica e não fez essa posição de uma forma clara desde o início. Começa aí a primeira posição de responsabilidade, não tem como nós isentarmos essa primeira posição”, disse. “O contraponto disso é o acompanhamento da Secretaria de Saúde que não o fez. Se a Secretaria de Saúde tivesse acompanhado de perto a situação da produção e consumo do oxigênio, teria descoberto que estava sendo consumida uma reserva estratégica e que medidas deveriam ser feitas imediatamente”, prosseguiu.
“Vejo ai duas responsabilidades muito claras. Uma começa na empresa que consome a sua reserva estratégica e não se posiciona de uma forma clara e a outra da Secretaria de Saúde.”
Eduardo Braga também questionou Pazuello sobre o Hospital de Campanha Nilton Lins, aberto e fechado no ano passado e que foi reaberto em janeiro deste ano devido ao caos em Manaus. O ex-ministro declarou que a decisão de abrir e fechar a unidade no ano passado foi do Governo do Amazonas.
Braga, então, cravou: “No caso do Amazonas, cometeram um crime de responsabilidade para om o povo. Nós sabíamos que iriámos precisar desse hospital de campanha para salvar vidas.”