Menu
Política & Poder

Pauta esvaziada gera desencanto de artistas e ativistas: ‘Acabou o clima’

A publicação diz que as medidas do Congresso “prejudicam a imagem internacional do Brasil”

Redação Jornal de Brasília

07/06/2023 21h44

Foto: Reprodução

Um grupo de artistas e ativistas que afirmam ter votado em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 se mobilizou nas redes sociais para pressionar o presidente a vetar medidas aprovadas no Congresso que podem, na prática, desencadear retrocessos na política ambiental. Atores, influenciadores e representantes de movimentos socioambientais usam o mote “Acabou o clima” para pedir que Lula reverta o esvaziamento da área.

“A gente elegeu este governo porque ele se pintou de verde dizendo para o Brasil e para o mundo que a natureza é o nosso maior patrimônio. E que a floresta em pé tiraria de vez o nosso país do mapa da fome. Depois de 100 dias de governo, acabou o clima”, afirma o texto de um vídeo divulgado em conjunto pelo grupo.

A publicação diz que as medidas do Congresso “prejudicam a imagem internacional do Brasil” e afetam biomas e, principalmente, “as comunidades tradicionais, população negra, quilombola e periférica”.

“O Congresso Nacional quer destruir as políticas socioambientais no Brasil. Vamos pressionar o presidente Lula para que ele faça a coisa certa e honre o nosso voto”, afirma o ator Mateus Solano em um dos trechos do vídeo que começou a ser compartilhado na segunda-feira, Dia Mundial do Meio Ambiente. Além de Solano, participam do vídeo os atores Thiago Lacerda e Sérgio Marone, a atriz Larissa Maciel e a ativista Fe Cortez, entre outros.

O esvaziamento a que eles se referem é a perda de atribuições dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. Ambos foram afetados por alterações feitas por parlamentares à medida provisória da reestruturação do governo.

A pasta do Meio Ambiente, comandada por Marina Silva, perdeu jurisdição sobre a Agência Nacional de Águas e sobre a condução do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O Ministério dos Povos Indígenas, que tem à frente Sonia Guajajara, deixou de coordenar a demarcação de novas reservas – uma atividade que também pode ser prejudicada pela aprovação do projeto de lei do marco temporal, que ainda será votado pelo Senado.

O tema também está sob análise no Supremo Trib

Estadão Conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado