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Política & Poder

Lula suspende agenda, faz novo procedimento médico e ensaia rotina fora do Planalto

O tratamento foi realizado no hospital Sírio-Libanês de Brasília pela manhã e, à tarde, ele permaneceu no Palácio da Alvorada, sede residencial do presidente

Redação Jornal de Brasília

26/07/2023 20h00

Foto: Agência Brasil

MATHEUS TEIXEIRA
BRASÍLIA, DF

O presidente Lula (PT) suspendeu a sua agenda oficial desta quarta-feira (26) para fazer um procedimento médico devido às dores que tem enfrentado por uma artrose no fêmur direito.

O tratamento foi realizado no hospital Sírio-Libanês de Brasília pela manhã e, à tarde, ele permaneceu no Palácio da Alvorada, sede residencial do presidente.

Segundo nota divulgada pelo governo, trata-se de “um procedimento eletivo, minimamente invasivo, de denervação percutânea, no quadril direito, para alívio de dor crônica até a realização de uma cirurgia prevista para outubro, uma artroplastia de quadril, para a solução definitiva do problema”.

“O procedimento de hoje foi realizado sem intercorrências e o presidente deve cumprir agenda no Palácio da Alvorada até esta quinta-feira (27)”, diz o texto.

A informação inicial do governo foi a de que Lula seria submetido a uma infiltração. Segundo a nota divulgada após a saída do presidente do hospital, tratou-se de outro procedimento, considerado por especialistas como mais forte e que consiste na injeção de substâncias na raiz nervosa que causa a dor.

Na terça (25), durante a transmissão ao vivo semanal nas redes sociais, Lula havia anunciado que fará uma cirurgia em outubro para tratar o problema.

O mandatário afirmou que sente dores diariamente e que isso afeta, inclusive, seu humor para trabalhar. Na operação, a articulação danificada é substituída por uma prótese de metal que adere ao osso e é recoberta por estruturas especiais de cerâmica ou polietileno.

“Eu quero fazer a cirurgia porque eu não quero ficar com dor. Ninguém consegue trabalhar com dor o dia inteiro. Então, eu sinto que às vezes estou com mau humor com meus companheiros, eu chego de manhã para trabalhar, quando eu coloco o pé no chão dói”, disse durante live nas redes sociais.

O petista afirmou que é “uma cirurgia razoavelmente rápida, de duas horas e meia”. “O médico me disse que, dependendo do estado físico, três horas depois já posso dar passinho com andador e depois [a recuperação] vai depender da minha disciplina.”

E prosseguiu com as queixas: “Não é mole acordar com dor sábado, domingo, não poder entrar na piscina porque se faz movimento com pé dói. Sou um cara de bom humor, se ficar mal humorado não vai ser legal. Começa a brigar até com as cachorrinhas”.

Ele afirmou que escolheu outubro porque é uma janela possível para ficar afastado, uma vez que tem compromissos em agosto e setembro e também em novembro.

A artrose no quadril ou osteoartrose ocorre quando há o desgaste nas cartilagens que revestem a cabeça do fêmur e o acetábulo (parte da bacia que se liga ao fêmur). Esse desgaste normalmente está relacionado à idade ou ao esforço.

No mês passado, o presidente afirmou que toma injeções diárias, mas que elas já não resolvem as fortes dores na região da perna e do quadril.

A cirurgia já vinha sendo recomendada pela equipe médica que cuida do presidente Lula. Também havia sido indicado que ele reduzisse o ritmo de viagens e eventos públicos.

Lula, no entanto, vem mantendo a sua agenda e até intensificado os compromissos no exterior. No mês passado, ele realizou uma longa viagem ao Japão, como um dos convidados para a reunião do G7, fórum que reúne algumas das principais economias do mundo.

Além da França, o mandatário ainda deve viajar nos próximos meses para a África do Sul, para a reunião de cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

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